ATTENAS AULAS

quarta-feira, 4 de maio de 2011

NÃO ASSISTAM MAIS NOVELAS! AMOR A SHOPIA NOVELIZA A VIDA REAL!

Celso Lungaretti: Bin Laden, o fim de um mito oco


“Nós somos os homens ocos
Os homens empalhados
Uns nos outros amparados
O elmo cheio de nada. Ai de nós!”
T. S. Eliot

Eterna e irremediavelmente infantilizados, os estadunidenses farão um auê intragável e vão produzir um sem número de filmecos sobre a morte de Osama Bin Laden, o monstro por eles criado para combater os soviéticos no Afeganistão e que depois se voltou contra os criadores.

O patético Barack Obama – que pretendeu personificar o novo, mas dia a dia comprova ser tão somente mais do mesmo – foi o responsável último por uma operação pirata em solo paquistanês que resultou no assassinato de Laden, seu filho, dois homens e uma mulher. Outras duas pessoas ficaram feridas.

A alegada maior democracia do mundo mata seus inimigos sem julgamento e ainda extermina quem estiver por perto, pouco importando se tem alguma culpa no cartório, apenas laço de parentesco ou não passa do entregador de pizza. Aí o presidente vai à tevê dizer que foi feita justiça, sem pejo de vangloriar-se de uma carnificina!

Qual justiça, a do olho por olho, dente por dente? Regredimos milênios, voltando aos valores brutais das tribos de pastores de cabras? Repulsivo.

Como num western do tempo das diligências, os EUA tudo fizeram para dar a Bin Laden o troco pela destruição das horríveis torres gêmeas do WTC, respondendo a um ato espetaculoso e inútil com outro idem. Os ingleses devem morrer de vergonha dos costumes sanguinários e rústicos de sua ex-colônia.

Houve revista, se bem me lembro a Época, que considerou Bin Laden a grande personalidade mundial da década passada.

Nem a pau, Juvenal. Tratou-se apenas da mais acabada expressão do inferno pamonha que a indústria cultural engendrou. Na dita sociedade do espetáculo, qualquer pirotecnia genocida compensa se der ibope, vale tudo por 15 minutos de fama. Bin Laden teve bem mais, uns 5 milhões de minutos.

Seu atentado sinistro deu pretexto a uma escalada repressiva sem precedentes, que levou de roldão várias conquistas civilizadas em termos de justiça, direitos humanos e direitos civis.

E, como guerreiro, não passou de um desprezível bárbaro.

Ele tinha, como todo e qualquer árabe, motivos de sobra para odiar os EUA, cúmplices dos sucessivos massacres e da opressão que Israel exerce sobre os povos da região, mas nenhuma justificativa para estender sua vingança aos civis. É uma prática inaceitável, provenha de quem provir.

Nem o fato de que Obama agiu agora da mesmíssima maneira serve como atenuante. Guerras se travam entre combatentes e é uma extrema covardia homens armados atingirem civis desarmados, ponto final.


Portanto, Bin Laden não merece nenhum respeito ou comiseração por parte das pessoas empenhadas em livrar o mundo do pesadelo capitalista, pois, noves fora, foi só outro mito oco de uma sociedade que os produz e destrói incessantemente, para criar a ilusão de que existe movimento quando nada há além de estagnação.

MITxCHELLL HISTORIADOR FILÓSOFO 

BYE, BYE FOREVER SP-DOS DEMO-TUCANOS - MITxCHELLL

Governo demotucano: São Paulo não é mais o estado mais rico do Brasil

Os quatrocentões paulistas, que gostam de dizer que o estado é a “locomotiva do Brasil”, não poderão mais usar essa expressão. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas, depois de mais de 16 anos de gestão demotucana, São Paulo foi ultrapassado por Santa Catarina e Rio de Janeiro na condição de estado que tem a maior renda média. Por sua vez, no governo Lula, o País conseguiu reduzir a pobreza em 50,64%. A pesquisa também mostra que, de 2002 a 2010, os maiores ganhos reais de renda foram em grupos tradicionalmente excluídos. Esse Lulinha nunca dantes!

CADÊ O OSAMA? OBAMA, OXENTE!

Analise da morte de Bin Laden

    Publicado em 04/05/201 Imprima |
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Santayana teme o que está por vir

Amor a Shopia reproduz texto de Mauro Santayana, no JB:

A semente do medo


por Mauro Santayana


Os Estados Unidos celebram a morte de bin Laden, e um ex-embaixador brasileiro considerou-a “espetacular”. É melhor ver a morte de qualquer homem, bom ou mau, como a morte de parte de nós mesmos. Como no belo poema em prosa de Donne, any man’s death diminishes me, because I am involved in mankind, and therefore never send to know for whom the bell tolls; it tolls for thee.  A morte de qualquer homem me diminui, disse o poeta, porque sou parte da Humanidade, e, por isso, não pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por você. Todos nós morremos um pouco, quando as Torres Gêmeas vieram abaixo, e todos nós morremos quase diariamente com os que tombam e tombaram, na Palestina, no Iraque, no Afeganistão, na Costa do Marfim, no Realengo, em Eldorado dos Carajás, na Candelária e nas favelas brasileiras.


Os americanos comemoram nas ruas a morte de bin Laden, enquanto nos países muçulmanos outros oram pelo homem que consideram mártir. Como parte da Humanidade, talvez não nos conviesse  a euforia pela execução sumária de bin Laden, nem a consternação por sua morte. Os atentados de Nova Iorque –  de resto, nunca assumidos de forma cabal pelo saudita – foram  crime brutal contra a Humanidade, bem como todos os atos de terrorismo, ao longo das duas últimas décadas. Mas a vingança exercida pelos comandos norte-americanos não pode ser aplaudida. Foi um ato de guerra, cometido contra a soberania do Paquistão, desde que ao governo de Islamabad não foi solicitada autorização prévia para a operação – segundo informou o diretor da CIA, Leon Panetta.


Isso nos leva a outra leitura de John Donne: não pergunte que povo foi atingido pela intervenção militar norte-americana. Todos nós fomos atingidos, não só por essa operação bélica e pela agressão à Líbia, mas também, no passado, pela intromissão, política, militar, econômica, das elites que controlam o governo de Washington, desde a guerra de anexação de territórios soberanos do México, movida pelo presidente Polk, em 1846. O México perdeu a metade de seu território, e os Estados Unidos ganharam mais de um quarto do que já ocupavam no norte do hemisfério. Essa vitória excitou a voracidade imperialista dos Estados Unidos, mais tarde explícita no fundamentalismo do “Destino Manifesto”.


Devemos ser cautelosos quando procuramos entender o momento atual. Comentaristas internacionais, sob o calor destas horas, tentam pensar nas conseqüências imediatas, e há os que discutem se o homem morto em Abbottab (o nome da cidade é  homenagem ao general James Abbott, que serviu nas forças de ocupação da Índia no século 19) é mesmo bin Laden – que começou a sua vida de combatente como aliado dos norte-americanos  contra os soviéticos, no Afeganistão dos anos 80. Tenha sido ele, ou não, importa pouco. Osama  era apenas um símbolo, na clandestinidade imposta pelas circunstâncias. O que importa, e muito, é o que virá a ocorrer não nos próximos dias, que serão de pausa e perplexidade, mas nos próximos meses e anos.


O perigo maior, e desdenhado, é o de que o conflito atual, iniciado com a ocupação da Palestina por Israel, se transforme realmente em  guerra declarada entre os países capitalistas ocidentais, que se identificam como cristãos, e os muçulmanos. Quem definiu a agressão como cruzada foi Bush, ao afirmar que Deus o havia convocado a matar Saddam. E conforme o livro clássico de Essad Bey, todos os movimentos no Oriente Médio, entre eles a ocupação judaica da Palestina, se fazem na busca da posse de seu petróleo. No passado, o saqueio se fazia em nome da “civilização” e, hoje, se faz também em nome da “modernidade”.


No fundo do regozijo,  há  sementes de medo. Esse medo é muito mais poderoso do que foi o saudita, de 54 anos e, segundo informações não desmentidas, a um tempo amigo e sócio dos Bush nos negócios de petróleo.



ANSIOSISSIMO MITxCHELLLL WOODSTOOCK A ESPERA DO INICIO DO FIM DO IMPÉRIO DO MAL COM UMA SAUDADE IMENSURAVEL DO FUTURO!