ATTENAS AULAS

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Enquete



O que o Cerra achou do Ibope da Dilma ?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A VERDADEIRA FACE DO MUNDO CÃO

O verdadeiro “espírito animal” do capitalismo moderno

"Sonho com esse momento (de declínio econômico) há três anos. Vou confessar: sonho diariamente com uma nova recessão. Se você tem o plano certo, pode fazer muito dinheiro com isso". O autor dessa declaração reveladora é o financista Alessio Rastani, operador independente do mercado financeiro, que fez uma espécie de confissão sobre as atividades do controvertido setor em que “trabalha” durante recente entrevista à BBC.

Num arroubo de sinceridade, coisa rara entre seus pares, Rastani deixou claro que o “mercado”, este ente todo poderoso, onipresente e onipotente, não tá nem aí para os planos orquestrados pelos governos europeus com o intuito de contornar a crise da dívida na região. "Não ligamos muito para como vão consertar a economia. Nosso trabalho é ganhar dinheiro com isso", afirmou.

Ademais, acrescenta o sábio financista que "os governos não controlam o mundo. O (banco) Goldman Sachs controla o mundo. O Goldman Sachs não liga para esse resgate, nem os grandes fundos". Com efeito, é notória a impotência do Estado capitalista para debelar a crise. Trilhões e trilhões de dólares foram derramados na economia para resgatar bancos e banqueiros. Mas a produção não reagiu e nem o desemprego recuou. Em contrapartida, os déficits públicos explodiram desencadeando a crise da dívida nos Estados Unidos e em toda a Europa. Um autêntico círculo vicioso, como notou o presidente do BC brasileiro, Alexandre Tombini.

A ideia de que são os bancos que mandam no mundo pode não estar muito longe da verdade. Todavia, a recessão evidenciou que essas instituições se comportam como parasitas da dívida pública e não sobreviveriam à crise, enquanto iniciativa privada, sem o aporte inédito de recursos governamentais. Na turbulência transparece a fusão dos interesses do Estado capitalista com o sistema financeiro, daí a impressão de que quem “manda no mundo” (e nos governos) é o “Goldman Sachs”.

Rastani esbanja um bizarro otimismo com o avanço da crise, exibe com invulgar cinismo suas convicções catastrofistas e não faz questão de esconder que para o mercado financeiro também vale a máxima do quanto pior melhor. "Essa crise é como um câncer. Se esperarmos, vai ser tarde demais. O que digo para as pessoas é: preparem-se. Não pensem que o governo vai consertar. Quero ajudar as pessoas, elas precisam aprender a fazer dinheiro com isso. Primeiro, protegendo seus ativos. Em menos de 12 meses, ativos de milhões de pessoas vão desaparecer".

É completamente estranho aos sentimentos do financista o sofrimento dos trabalhadores e trabalhadoras condenadas ao desemprego pela crise. Já são 200 milhões nesta condição, segundo a OIT, 40 milhões concentrados nos países mais desenvolvidos. Em geral pobres ou miseráveis, esses seres humanos não têm nada a ganhar com os conselhos de Rastani. Afinal, não possuem outro ativo além da própria força de trabalho para vender e garantir meios de sobrevivência, no mais das vezes precários. Não dispõem de renda para especular com a desgraça alheia.

De todo modo, cumpre reconhecer que o operador presta um inestimável serviço à opinião pública ao expor, com uma honestidade chocante, os reais interesses que movem o capital financeiro. Subjacente às declarações que fez à BBC não é difícil perceber o verdadeiro “espírito animal” que move mundos e montanhas no capitalismo, louvado e mistificado pelos ideólogos e economistas burgueses.

Há uma só razão e um só objetivo por trás do processo anárquico de reprodução do capital: a busca pelo lucro máximo, que se traduz em mais e mais dinheiro. É isto que anima o capitalista e conforma o “espírito animal” consagrado por lorde Keynes. Pouco importa se a corrida insensata atrás da “vil prostituta da humanidade” (conforme Shakespeare apelidou o dinheiro, na época ouro, num genial monólogo de Timon de Atenas) termine em crises violentas como a que estamos presenciando no momento ou como a Grande Depressão de 1929 que, nunca é demais lembrar, pavimentou o caminho da 2ª Guerra Mundial.

A crise emana do capitalismo com uma objetividade e força que escapam ao controle dos governos. É certo que não encontra uma solução positiva nos marcos deste sistema de exploração e opressão e não é raro que termine em guerra. Para prevenir a barbárie, a classe trabalhadora e os povos precisam elevar seu nível de consciência e lutar com toda energia para acabar de vez com o capitalismo e erguer sobre suas ruínas as bases de uma nova sociedade, socialista. A humanidade não tem outro caminho.
MITxCHELLL HISTÓRIADOR FILOSOFO DIRETO DO EDITORIAL DO "O VERMELHO"

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Facebook lança novo visual: veja o que mudou e como funciona


O Facebook anunciou nesta quinta-feira (22), durante o F8 (evento anual realizado nos Estados Unidos para desenvolvedores), a reformulação do site de relacionamentos. Com as alterações, segundo Mark Zuckerberg, fundador da rede social, o Facebook quer organizar as informações do usuário de modo que o perfil na rede “conte” a história de sua vida. O recurso estará disponível a partir desta quinta para alguns perfis e estará liberado para todos, em algumas semanas.




A mudança na rede social trará, basicamente, três tipos de informações: o conteúdo compartilhado com os amigos, os aplicativos que o usuário utiliza e “uma nova forma de expressar quem você é”, que consiste em um sistema melhor de organização de dados.

Será como uma “Timeline” (linha do tempo) na qual os usuários poderão ver, por exemplo, as imagens que um perfil exibiu em determinado ano. “A timeline é a história de toda
sua vida. Uma espécie de blog da vida real”, definiu Mark Zuckerberg, durante a apresentação.

Com o recurso timeline, é possível, por exemplo, visualizar uma mapa que mostra os lugares que as pessoas costumam frequentar ou mesmo ver a “história da vida de alguém” apenas por imagens.

Na configuração da timeline, será possível configurar, além de sua imagem de perfil, uma foto maior chamada “Cover Photo” para que o usuário mostre algo que represente sua personalidade. Durante a apresentação, Zuckerberg mostrou sua página no Facebook com a “Cover Photo” de seu cachorro. “Desenhamos a timeline de modo que ela seja sua ‘casa’”, disse.

Meio bilhão de usuários

Para explicar o novo design da página, Mark dividiu a evolução do Facebook em três partes. Na primeira fase da rede social, em sua fundação, o perfil do usuário passava informações comuns nos primeiros cinco minutos de conversa (os usuários informavam dados básicos como nome, onde estuda, quando nasceu, etc.).

Na sequência, com a mudança de 2008, o usuário conseguia ter uma noção do que seus contatos fizeram e compartilharam recentemente. E agora, com o “timeline”, será possível ter a história completa da vida de pessoa. O recurso estará disponível na versão web da rede social e na versão para dispositivos móveis.

Além dessas mudanças, Zuckerberg contou que o Facebook neste ano alcançou um novo recorde: a marca de meio bilhão de usuários navegando pelo site em um só dia.

Aplicativos para músicas e filmes

O Facebook também anunciou novas funcionalidades de aplicativos baseados em consumo de entretenimento, como músicas, vídeos e jogos. Agora, as ações dos usuários serão classificadas como verbos unidos aos substantivos, em vez de apenas "curtir". Ex.: "Carlos está lendo Harry Potter", em vez de "Carlos curtiu Harry Potter".


De acordo com Zuckerberg, a funcionalidade segue a ideia do “compartilhamento transparente”, com aplicativos "Open Graph". Com eles, será possível atualizar a timeline sem precisar “entrar nela”, ou seja, automaticamente a partir de serviços parceiros do Facebook.

Por meio da plataforma norte-americana Spotify (não disponível no Brasil), o usuário pode compartilhar as músicas que está ouvindo com os contatos, que poderão acompanhar em tempo real a atividade. O mesmo deve acontecer com outros parceiros, como Hulu, Flixster, Netflix, DirectTV, Miso.

O recurso estará disponível para teste para alguns usuários a partir desta quinta e abrangerá, em um primeiro momento, aplicativos relacionados à música, filmes e TV.

Fonte: UOL

MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO DIRETO DA PATA DA GAZELA

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

     20/09/2011
    REDAÇÃO DO AMOR A SHOFIA!  
Terá sido mais um esbarrão que o juiz não viu ?

Neymar deu uma entrevista coletiva para dizer que não fechou com o Real e fica no Santos.

Os jornais espanhóis dizem que ele já fechou com o Real.


Será que o rapazinho mente ?
Vamos supor que ele minta.
O que seria do Brasileirinho da Globo (que acredita no Neymar como acredita piamente na Urubóloga) ?
Depois da melancólica aposentadoria do Fenômeno, e do retumbante fiasco do Ronaldinho Gaúcho, que joga de ano em ano, o Brasileirinho da Globo é um filme tipo C: sem estrelas.
As estrelas são os 1001 analistas de tabela da Globo, que tentam brilhar mais do que os portentos em campo.
Se o Neymar mente, o que seria da seleção do Galvão ?
Como ficaria o Mr. Teixeira did you accept the bribe ?
Sem o Neymar, a seleção do Mr. Teixeira e do Galvão fica parecida com o Osasuna, que levou de oito do Barça e saiu no lucro.
Se o Neymar mente, a coisa fica feia.
O maior ídolo do futebol brasileiro (na Globo), além de cair em campo ao primeiro esbarrão, mostra aos fãs, crianças e adolescentes, que começou a vida com o pé errado.
Péssimo exemplo, com aquela cara de sonso.

MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO




segunda-feira, 19 de setembro de 2011

NOSSA DEMOCRACIA É UMA MENINA MOÇA! INCULTA E BELA!

Documentário narra história dos 20 anos do Brasil em democracia


A história recente do Brasil é praticamente ignorada pelas novas gerações. Há pouco material disponível nos currículos e também na grande mídia, que só se mobiliza em razão de efemérides. O projeto ”Brado Retumbante – do golpe às diretas” se propõe a resgatar a história política do país nos últimos 20 anos. O projeto será lançado nesta segunda-feira (19), em São Paulo.

Do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart ao grande comício em defesa da redemocratização, realizado no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, o jornalista Paulo Markun utiliza várias mídias - site, documentário, CD e livro - para revelar a visão dos participantes desse momento histórico.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) é uma das entrevistadas do documentário, onde conta como a política passou a fazer parte de sua vida. Entre outros, foram entrevistados também o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a cantora Fafá de Belém, o jornalista Franklin Martins,o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente e hoje senador José Sarney (PMDB-AP).


Com a colaboração de 15 pesquisadores, foram colhidos 40 horas de depoimentos em vídeo, que ficarão nos acervos do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, e da Cinemateca Brasileira.

O projeto Brado Retumbante - do golpe às diretas pretende ampliar o conhecimento do grande público sobre o processo que levou ao fim da ditadura. Entender como grupos tão diferentes nem sempre comprometidos com a democracia representativa se uniram no que foi o maior movimento de massas da história do país é o objetivo principal. Sensibilizar quem diz não se interessar por política, o maior desafio.

Para resgatar esse período, o jornalista Paulo Markun iniciou este projeto em 1986, ao entrevistar uma série de personalidades em eventos ao vivo, na Unicamp (Universidade de Campinas). Dali deveria sair um livro, que chegou a ser iniciado. No ano passado, o projeto foi retomado, agora com a articulação entre várias mídias – site, documentário, CD e livro.
HISTORIADOR FILOSOFO MITxCHELLL

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

POSTEI O TEXTO DO BRILHANTE JORNALISTA LUIZ CARLOS AZENHA EX-GLOBO

Óculos

por Luiz Carlos Azenha

Nunca fui desprezado por uma garota do Leblon, como cantavam os Paralamas. Nunca namorei uma delas. Mas cheguei perto – ela era do bairro vizinho, São Conrado, e nunca se importou com meus óculos. Nem eu. Entrei agora numa fase que é comum a muitos de nós, os quatro-olhos. Tiro os óculos ao chegar em casa e, quando preciso deles de novo, lá vou eu apalpar os móveis em busca de minhas gafas.
É assim que se fala óculos em espanhol. Glasses – vidros, em inglês. Quando perco o celular em casa, é só discar o número na linha fixa para encontrá-lo. Gostaria de poder fazer o mesmo com meus óculos. Por precaução, tenho dois pares além daquele que vive equilibrado entre meu nariz e minhas orelhas.
Guardo também os óculos antigos, com lentes que um dia serviram a olhos mais jovens e aguçados. Através deles, vi coisas belas e trágicas. Muita gente já me perguntou qual foi a reportagem mais bonita que fiz. Sempre respondi de sopetão, puxando pelo primeiro caco da memória. Mas agora, que estou aqui sozinho, diante do computador – e sem óculos – páro para refletir e descubro: nunca transformei em reportagem as cenas mais belas que vi.
Eu estava lá quando minhas duas filhas nasceram, ambas de parto natural. E me lembro bem das veias que irrigavam a placenta. Que surpreendente a beleza daquela embalagem de onde sairam Ana Luisa e Manuela, cada qual em seu tempo. A médica americana, do hospital novaiorquino, segurou com a pinça o cordão umbilical e eu mesmo, com meus óculos e um tesourão, cortei o troço e entreguei as meninas ao mundo.
Mas eu estou aqui para falar de óculos, não de partos. Atribuo a eles o maior sucesso de minha carreira de repórter. Aos óculos, sim; não os meus, os de Alexander Yakovlev. Ele foi um poderoso líder da extinta União Soviética. Braço direito de Mikhail Gorbatchev. A dupla bolou e colocou em prática a abertura política e a reforma econômica que levaram ao fim do comunismo soviético, ainda que não era bem isso o que pretendiam. Foi nos tempos da Rede Manchete que tive a sorte de encontrá-los em Moscou, num dos pátios do Kremlin – ainda hoje a sede do poder russo.
Aos berros – e resistindo aos safanões dos seguranças – nossa equipe arrancou a primeira entrevista improvisada de um líder soviético. Uma notícia tão inusitada que correu o mundo. Nada teria acontecido não fosse a ajuda de Yakovlev.
Ex-embaixador no Canadá, fluente em inglês, ele serviu de tradutor improvisado para que Gorbatchev entendesse minhas perguntas – e eu, as respostas dele. Até hoje conservo a fita completa, que registra a rebeldia dos óculos de Yakovlev. No início da entrevista e no meio de uma multidão, os óculos do embaixador caíram no chão.
Todos nos abaixamos, ao mesmo tempo, para apanhá-los, num movimento que quase me levou a bater cabeça com Mikhail Gorbatchev. E pensar que eu poderia ter nocauteado, com uma cabeçada involuntária, um dos dois homens então capazes de detonar o mundo numa guerra nuclear. Há dúvidas se o outro todo-poderoso da época, o presidente americano Ronald Reagan, tinha mesmo um cérebro – ou se só emprestava dos outros.
Mas eu estou aqui para falar de óculos, não de cérebros. Os de Yakovlev, encontramos sãos e salvos, depois de alguns segundos de busca. Pelo bem da Humanidade não haviam sido pisoteados. Restaurada a ordem, pudemos enfim avançar na entrevista.
Nunca imaginei que iria causar tal rebuliço: as redes americanas ABC e CNN nos procuraram para pedir cópias, a tv estatal russa exibiu a entrevista na íntegra e até a TV Globo pôs no ar um trecho, no Jornal Nacional, reconhecendo o êxito da emissora concorrente.
Como deixei de acreditar em coincidências, atribuo hoje àquele incidente prosaico – ou seja, aos óculos de Yakovlev – o furo de reportagem. Foi ali, quando todos nos agachamos – Yakovlev, eu, Gorbatchev – que nos igualamos. Éramos simples mortais, tentando resgatar um objeto que sabíamos fundamental.
Eu tinha perguntas a fazer, Gorbatchev tinha respostas a dar. O mais importante é que Yakovlev tinha resgatado os óculos, desconfio até que agradeceu esticando a conversa, em meu benefício.

Sem aquela armação robusta, que sustentava as grossas lentes de Yakovlev, quem sabe nem estivessemos mais aqui, pulverizados pela miopia temporária de um dos homens que tinham o dedo no gatilho nuclear.
Texto reproduzido pelo jornal Bom Dia Bauru no dia 27 de novembro de 2005

MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO DIRETO DE CUBA A DESTRA DE FIDEL CASTRO!

VOTEM E DEPOIS COLOCO A ORDEM DAS MAIS VOTADAS! COLOQUEM O NUMERO NA MENSAGEM! OLHA EU DESIDRATEI E VOCÊS? TEM GENTE QUE NÃO GOSTA! COMO PODE?

ALENA SEREDOVA – BUFFON - olha buffon o senhor está muito bem! MTxCHELLL
I
DÉBORA SECCO – ROGER - OLHA EU JÁ VI ELA PESSOALMENTE É SECA MESMO - MITxCHELLL
II

SAMAMBAIA – DENTINHO
PASMEM GENTE AMIGA DO AMOR A SHOPIA! COMO PODE UM PLANTA DESSE TAMANHO GOSTAR DE UM DENTINHO! I DON'T BELIVE. EU VOU FUGIR OU ME MATAR!
A BOLA FAZ MILAGRES!
III

HELEN SVEDIN – FIGO - PARABÉNS FIGO O SENHOR TEM UM BELO GOSTO! VOCÊ JOGOU MUITO E É UM CARA FINO MERECE UM DOCINHO DE COCO DESSE!
MITxCHELLL COM UMA SACERDOTIZA DESSA SERIA AMOR DE ARQUEOLOGO! LARGARIA SO DEBAIXO DA TERRA! ESSE MITxCHELLLL....
IV

SUZANA WERNER – JÚLIO CÉSAR - VOU FALAR A MAIS PURA VERDADE ESSA É A MAIS FRAQUINHA DE TODAS! RS.. PREFIRO A MINHA SHOPIA! ESSE MITxCHELLL....
V

SYLVIE VAN DER VAART – VAN DER VAART - QUE PAR DE OLHOS AMIGOS DA GRANDE REDE!!! EU QUERO!
VI

KAREN KOUNROZAN – ROBINHO-
NÃO, NÃO, NÃO E NÃO POSSO ACREDITAR!!
PORQUE EU NÃO FUI JOGADOR!
QUE PENA QUE MACHUQUEI MEU JOELHO AOS 6 ANOS!
ERA PARA SER EU!! AINDA DA TEMPO MITxCHELLL....
VII

A NAVALHA DE MITxCHELLL

Olha essa tal de bola faz milagres! Como pode essas lindas sacerdotizas com esses pandemonios? É porque eles são homens de bem? Ou homens de bens? Claro que é a segunda! Vamos esquecer desses detalhes tênues e vamos escolher as mais lindas entre essas setes! vote mandando uma mensagem e comentario!
BYE BYE FOREVER!

DIRETO DO PARAISO FISCAL DEITADO ETERNAMENTE SENDO ABANADO POR LINDAS SACERDOTIZAS AO MEU REDOR!
MITxCHELLLL HISTORIADOR FILOSOFO
DE BOM GOSTO!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

SOLTANDO A NAVALHA NA MÍDIA CARA-PALIDA - MITxCHELLLL HISTORIADOR FILOSOFO DIRETO DO MUNDO CÃO!

Redação Conversa Afiada

RedaçãoConversa Afiada

O Brasil vai salvar a Europa. FHC- GLOBO-Cerra corta os pulsos!


Saiu no G1: Brics vão discutir ajuda à União Europeia, diz Mantega

Brics vão discutir ajuda à União Europeia, diz Mantega


Nesta semana, fundo chinês informou que pode comprar títulos italianos.
Modelo poderia ser usado por Brics para ajudar UE, especulam analistas.


Os países que integram o chamado “Brics”, que são o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul, vão se reunir na próxima semana em Washington (Estados Unidos) e discutir como fazer para ajudar a União Europeia, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta terça-feira (13). Na próxima semana, acontece na capital norte-americana a reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI).


Em um momento no qual a Itália é pressionada pelos mercados financeiros, saiu a confirmação de que o ministro italiano das Finanças, Giulio Tremonti, se reuniu na semana passada com o presidente do fundo soberano chinês CIC.

De acordo com o jornal Financial Times, as conversas abordaram a compra pela China de títulos da Itália, país que enfrenta uma crise de confiança dos mercados. Além da Itália, outros países da União Europeia, como a Espanha, a Grécia, também enfrentam problemas para pagar suas contas.
A compra de títulos de países da União Europeia, segundo analistas, poderia ser um modelo adotado pelos países integrantes do Bric para tentar ajudar a Zona do Euro. Para isso, os governos dos países emergentes poderiam lançar mão de suas reservas internacionais. Somente o Brasil, por exemplo, possui mais de US$ 350 bilhões em reservas cambiais – a maior parte aplicada em títulos do tesouro dos Estados Unidos, considerados de baixo risco.


MITxCHELLL SOLTA A NAVALHA

O Brasil é o terceiro maior credor dos Estados Unidos.
Abaixo da China e da Inglaterra.
Já não bastava emprestar dinheiro ao FMI !
Que horror !
ESSA JK DE SAIA ...

HISTORIADOR FILOSOFO MITxCHELLL - DIRETO DE LONDRES ENTREVISTANDO O MAIOR HISTÓRIADOR DE TODOS OS TEMPOS!

14 de Setembro de 2011 - 10h54

Entrevista com Eric Hobsbawm: Trocando mitos por história



Eric Hobsbawm é um historiador merecedor de todo o respeito. Num tempo em que a atividade central da grande maioria dos historiadores burgueses consiste na reescrita da história de acordo com as conveniências da ideologia dominante, a sua fidelidade à matriz marxista na investigação e no método serve de exemplo, independentemente das discordâncias que este ou aquele aspecto da sua obra suscitem.


Discordâncias que ele próprio assume frontalmente: “O que busco é o entendimento da história, e não concordância, aprovação ou comiseração”. Esta interessante entrevista é um exemplo da importância da reflexão de alguém que conta 94 anos, ou seja, de alguém que nasceu no ano da grande revolução socialista de outubro.
Estadão:
No livro Globalização, Democracia e Terrorismo, de 2007, o senhor passa para os leitores certo pessimismo ao lhes colocar uma perspectiva crucial e ao mesmo tempo desconfortante: ''Não sabemos para onde estamos indo'', diz, referindo-se aos rumos mundiais. Olhando as últimas décadas pelo retrovisor da história esse sentimento parece ter se intensificado. Em que outros momentos a humanidade viveu períodos marcados por essa mesma sensação de falta de rumos?
Eric Hobsbawm: 
Embora existam diferenças entre os países, e também entre as gerações, sobre a percepção do futuro - por exemplo, hoje há visões mais otimistas na China ou no Brasil do que em países da União Europeia e nos Estados Unidos -, ainda assim acredito que, ao pensar seriamente na situação mundial, muita gente experimente esse pessimismo ao qual você se refere. Porque de fato atravessamos um tempo de rápidas transformações e não sabemos para onde estamos indo, mas isso não constitui um elemento novo em tempos críticos. Tempos que nos remetem ao mundo em ruínas depois de 1914, ou mesmo a vários lugares daquela Europa entre duas grandes guerras ou na expectativa de uma terceira.

Aqueles anos durante e após a 2ª Guerra foram catastróficos, ali ninguém poderia prever que formato o futuro teria ou mesmo se haveria algum futuro. Cruzamos também os anos da Guerra Fria, sempre assustadores pela possibilidade de uma guerra nuclear. E, mais recentemente, notamos a mesma sensação de desorientação ao vermos como os Estados Unidos mergulharam numa crise econômica que até parece ser o breakdown do capitalismo liberal.

Estadão: Nações saíram empobrecidas, arruinadas mesmo, das guerras mundiais, mas é adequado pensar que havia naqueles escombros o desenho de um futuro?
Eric Hobsbawm: Sim. Se de um lado o futuro nos era desconhecido e cada vez mais inesperado, havia por outro lado uma ideia mais nítida sobre as opções que se apresentavam. No entreguerras, a escolha principal de um modelo se dava entre o capitalismo reformado e o socialismo com forte planejamento econômico - supremacia de mercado sem controle era algo impensável. Havia ainda a opção entre uma democracia liberal, o fascismo ultranacionalista e o comunismo.

Depois de 1945, o mundo claramente se dividiu numa zona de democracia liberal e bem-estar social a partir de um capitalismo reformado, sob a égide dos EUA, e uma zona sob orientação comunista. E havia também uma zona de emancipação de colônias, que era algo indefinido e preocupante. Mas veja que os países poderiam encontrar modelos de desenvolvimento importados do Ocidente, do Leste e até mesmo resultante da combinação dos dois. Hoje esses marcos sinalizadores desapareceram e os "pilotos" que guiariam nossos destinos, também.

Estadão: Como o senhor avalia o poder das imagens de destruição nos ataques do 11/9 a Nova York, tão repetidas nos últimos dias? Tornaram-se o símbolo de uma guinada histórica, apontando novas relações entre Ocidente e Oriente? Por que imagens do cenário de morte de Bin Laden surtiram menos impacto?
Eric Hobsbawm: A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe que se tem na história, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se convertido em ícones.

Agora, elas representam uma guinada histórica? Não tenho dúvida de que os Estados Unidos tratam o 11/9 dessa forma, como um turning point, mas não vejo as coisas desse modo. A não ser pelo fato de que o ataque deu ao governo americano a ocasião perfeita para o país demonstrar sua supremacia militar ao mundo. E com sucesso bastante discutível, diga-se. Já o retrato de Bin Laden morto (que não foi divulgado) talvez fosse uma imagem menos icônica para nós, mas poderia se converter num ícone para o mundo islâmico. Da maneira deles, porque não é costume nesse mundo dar tanta importância a imagens, diferentemente do que fazemos no Ocidente, com nossas camisetas estampando o rosto de Che Guevara.

Estadão: Mas além da chance de demonstrar poderio militar, os Estados Unidos deram uma guinada na sua política externa a partir de 2001, ajustando o foco naquilo que George W. Bush batizou como "war on terror". Outro encaminhamento seria possível?
Eric Hobsbawm: Eu diria que a política externa americana, depois de 2001, foi parcialmente orientada para a guerra ao terror, e fundamentalmente orientada pela certeza de que o 11/9 trouxe para os EUA a primeira grande oportunidade, depois do colapso soviético, de estabelecer uma supremacia global, combinando poder político-econômico e poder militar.

Criou-se a situação propícia para espalhar e reforçar bases militares americanas na Ásia central, ainda uma região muito ligada à Rússia. Sob esse aspecto, houve uma confluência de objetivos - combate-se o inimigo ampliando enormemente a presença militar americana. Mas, sob outro aspecto, esses objetivos conflitaram. A guerra no Iraque, que no fundo nada tinha a ver com a Al-Qaeda, consumiu atenção e uma enormidade de recursos dos EUA, e ainda permitiu à organização liderada por Bin Laden criar bases não só no Iraque, mas no Paquistão e extensões pelo Oriente Médio.

Estadão: Os Estados Unidos lançaram-se nessa campanha sabendo o tamanho do inimigo?
Eric Hobsbawm: O perigo do terrorismo islâmico ficou exagerado, a meu ver. Ele matou milhares de pessoas, é certo, mas o risco para a vida e a sobrevivência da humanidade que ele possa representar é muito menor do que o que se estima. Exemplo disso são as importantes mudanças que ocorreram neste ano no mundo árabe, mudanças que nada devem ao terrorismo islâmico. E não só: elas o deixaram à margem.

Agora, o mais duradouro efeito da war on terror, aliás, uma expressão que os diplomatas americanos finalmente estão abandonando, terá sido permitir que os Estados Unidos revivessem a prática da tortura, bem como permitir que os cidadãos fossem alvo de vigilância oficial. Isso, claro, sem falar das medidas que fazem com que a vida das pessoas fique mais desconfortável, como ao viajar de avião.

Estadão
: Diante dos problemas econômicos que hoje afligem os Estados Unidos, ainda sem um horizonte de recuperação à vista, o senhor diria que seguimos em direção a um tempo de declínio da hegemonia americana?
Eric Hobsbawm: Nós de fato caminhamos em direção à Era do Declínio Americano. As guerras dos últimos dez anos demonstram como vem falhando a tentativa americana de consolidar sua solitária hegemonia mundial. Isso porque o mundo hoje é politicamente pluralista, e não monopolista. Junto com toda a região que alavancou a industrialização na passagem do século 19 para o século 20, hoje a América assiste à mudança do centro de gravidade econômica do Atlântico Norte para o Leste e o Sul.

Enquanto o Ocidente vive sua maior crise desde os anos 30, a economia global ainda assim continua a crescer, empurrada pela China e também pelos outros Brics. Ainda assim, não devemos subestimar os Estados Unidos. Qualquer que venha a ser a configuração do mundo no futuro, eles ainda se manterão como um grande país e não apenas porque são a terceira população do planeta. Ainda vão desfrutar, por um bom tempo, da notável acumulação científica que conseguiram fazer, além de todo o soft power global representado por sua indústria cultural, seus filmes, sua música, etc.

Estadão: Não só por desdobramentos político-militares do 11/9, mas também pela emergência de novos atores no mundo globalizado, criam-se situações bem desafiadoras. Por exemplo, o que o Ocidente sabe do Islã? E dos países árabes que hoje se levantam contra seus regimes? Qual é o grau de entendimento da China? Enfim, o Ocidente enfrenta dificuldades decorrentes de uma certa superioridade cultural ou arrogância histórica?
Eric Hobsbawm: Ao longo de toda uma era de dominação, o Ocidente não só assumiu que seus triunfos são maiores do que os de qualquer outra civilização, e que suas conquistas são superiores, como também que não haveria outro caminho a seguir. Portanto, ao Ocidente restaria unicamente ser imitado. Quando aconteciam falhas nesse processo de imitação, isso só reforçava nosso senso de superioridade cultural e arrogância histórica.

Assim, países consolidados em termos territoriais e políticos, monopolizando autoridade e poder, olharam de cima para baixo para países que aparentemente estavam falhando na busca de uma organização nas mesmas linhas. Países com instituições democráticas liberais também olharam de cima para baixo para países que não as tinham. Políticos do Ocidente passaram a pensar democracia como uma espécie de contabilidade de cidadãos em termos de maiorias e minorias, negando inclusive a essência histórica da democracia.

E os colonizadores europeus também se acharam no direito de olhar populações locais de cima para baixo, subjugando-as ou até erradicando-as, mesmo quando viam que aqueles modos de vida originais eram muito mais adequados ao meio ambiente das colônias do que os modos de vida trazidos de fora. Tudo isso fez com que o Ocidente realmente desenvolvesse essa dificuldade de entender e apreciar avanços que não fossem os próprios.

Estadão: Essa superioridade do Ocidente pode mudar com a emergência de uma potência como a China?
Eric Hobsbawm: Mas mesmo a China, que no passado remoto era tida como uma civilização superior, foi subestimada por longo tempo. Só depois da 2ª Guerra é que seus avanços em ciência e tecnologia começaram a ser reconhecidos. E só recentemente historiadores têm levantado as extraordinárias contribuições chinesas até o século 19.

Veja bem, ainda não sabemos em que medida a cultura, a língua e mesmo as práticas espirituais da Pérsia, hoje Irã, enfim, em que medida aquele fraco e frequentemente conquistado império influenciou uma grande parte da Ásia, do Império Otomano até as fronteiras da China. Sabemos? Temos grande dificuldade em compreender a natureza das sociedades nômades, bem como sua interação com sociedades agrícolas assentadas, e hoje a falta dessa compreensão torna quase impossível traduzir o que se passa em vastas áreas da África e da região do Saara, por exemplo, no Sudão e na Somália.

A política internacional fica completamente perdida quando confrontada por sociedades que rejeitam qualquer tipo de estado territorial ou poder superior ao do clã ou da tribo, como no Afeganistão e nas terras altas do sudoeste asiático. Hoje achamos que já sabemos muito sobre o Islã, sem nem sequer nos darmos conta de que o radicalismo xiita dos aiatolás iranianos e o sonho de restauração do califado por grupos sunitas não são expressões de um Islã tradicional, mas adaptações modernistas, processadas o longo século 20, de uma religião prismática e adaptável.

Estadão:
Com todos esses exemplos de ''mundos'' que se estranham, o senhor diria que a história corre o risco das distorções?
Eric Hobsbawn: Apesar de todos esses exemplos, sou forçado a admitir que a arrogância histórica ocidental inevitavelmente se enfraquece, exceto em alguns países, entre eles os EUA, cujo senso de identidade coletiva ainda consiste na crença de sua própria superioridade. Nos últimos dez anos, a história tomou outro curso, muito afetada pelas imigrações internacionais que permitem a mulheres e homens de outras culturas virem para os "nossos" países.

Dou um exemplo: hoje a informação municipal na região de Londres onde vivo está disponível não apenas em inglês, mas em albanês, chinês, somali e urdu. A questão preocupante é que, como reação a tudo isso, surge também uma xenofobia de caráter populista, que se propaga até nas camadas mais educadas da população. Mas, inegavelmente, numa cidade como Londres ou Nova York, onde a presença dos imigrantes de várias partes é forte, existe hoje um reconhecimento maior da diversidade do mundo do que se tinha no passado.

Turistas que buscam destinos na Ásia, África ou até mesmo no Caribe costumam não entender a natureza das sociedades que cercam seus hotéis, mas jovens mulheres e homens que hoje viajam, a trabalho ou estudos, para esses lugares, já criam outra compreensão. Em resumo, apesar da expansão de xenofobia, há motivos para otimismo porque a compreensão abrangente do nosso tempo complexo requer mais do que conhecimento ou admiração por outras culturas. Requer conhecimento, estudo e, não menos importante, imaginação.

Estadão: Imaginação?
Eric Hobsbawm: Sim, porque essa compreensão abrangente é frequentemente dificultada pelo persistente hábito de políticos e generais passarem por cima do passado. O Afeganistão é um clamoroso exemplo do que estou dizendo. Temo que não seja o único.

Estadão: Na sua opinião, estaríamos atravessando um momento regressivo da humanidade quando fundamentalismos religiosos impõem visões de mundo e modos de vida?
Eric Hobsbawm: O que vem a ser um momento regressivo? Esta é a pergunta que faço. Não acredito que nossa civilização esteja encarando séculos de regressão como ocorreu na Europa Ocidental depois da queda do Império Romano. Por outro lado, devemos abandonar a antiga crença de que o progresso moral e político seja tão inevitável quanto o progresso científico, técnico e material. Essa crença tinha alguma base no século 19.

Hoje o problema real que se coloca, o maior deles, é que o poder do progresso material e tecnocientífico, baseado em crescente e acelerado crescimento econômico, num sistema capitalista sem controle, gera uma crise global de meio ambiente que coloca a humanidade em risco. E, à falta de uma entidade internacional efetiva no plano da tomada de decisão, nem o conhecimento consolidado do que fazer, nem o desejo político de governos nacionais de fazer alguma coisa estão presentes.

Esse vazio decisório e de ação pode, sim, levar o nosso século para um momento regressivo. E certamente isso tem a ver com aquele "sentido de desorientação" que discutimos no início da entrevista.

Estadão:
 Apoiado na sua longa trajetória acadêmica, que conselhos o senhor daria aos jovens historiadores de hoje?
Eric Hobsbawn: Hoje pesquisar e escrever a história são atividades fundamentais, e a missão mais importante dos historiadores é combater mitos ideológicos, boa parte deles de feitio nacionalista e religioso. Combater mitos para substituí-los justamente por história, com o apoio e o estímulo de muitos governos, inclusive. Se eu fosse jovem o suficiente, gostaria de participar de um excitante projeto interdisciplinar que recorresse à moderna arqueologia e às técnicas de DNA para compor uma história global do desenvolvimento humano, desde quando os primeiros Homo sapiens tenham aparecido na África oriental e como elas se espalharam pelo globo.

Agora, se eu fosse um jovem historiador latino-americano, daí eu poderia ser tentado a investigar o impacto do meu continente sobre o resto do mundo. Isso, desde 1492, na era dos descobrimentos, passando pela contribuição material desse continente a tantos países, com metais preciosos, alimentos e remédios, até o efeito da América Latina sobre a cultura moderna e a compreensão do mundo, influenciando intelectuais como Montaigne, Humboldt, Darwin. E, evidentemente, eu pesquisaria a riqueza musical do continente, fosse eu um latino-americano. Isso é tudo o que eu quero dizer.

A Roda Bélica da História, por Hobsbawn

1ª Guerra, o banho de sangue

O tempo histórico era outro, avalia Hobsbawm. O mundo ficara quase um século sem um grande conflito e o conceito de "paz" fez-se sinômico de "antes de 1914", ano em que Francisco Ferdinando, da Áustria, foi morto. Detonava-se o conflito que iria sangrar a Europa.

2ª Guerra, o mistério

O mundo sabia o que era uma guerra maciça, mas não uma guerra global. Eis a amarga contribuição da 2ª Guerra, conflito sem limites. Hobsbawm indaga: por que Hitler, esgotado na Rússia, declarou guerra aos EUA, permitindo que se associassem à Grã-Bretanha?

Guerra Fria, o absurdo

Como explicar 40 anos de tensão pela crença de que o planeta poderia explodir a qualquer momento e, contra a destruição total, só haveria a chance da dissuasão mútua? Para Hobsbawm, a Guerra Fria dos tempos de Kruchev carregou a inconclusão da Era da Catástrofe.

Guerra do Golfo, o lucro

Ao findar da Guerra Fria, lembra o historiador, a hegemonia econômica americana já estava abalada. E sua superioridade militar teve que ser financiada por apoiadores de Washington. Na guerra contra o Iraque, em 1991, a potência presidida por Bush pai realizou lucros.

Fonte: O Estado de S.Paulo

HISTORIADOR FILOSOFO MITxCHELLL - DIRETO DO MUSEU DE OSLO A DESTRA DO "GRITO" DE EDWARD MUTH

14 de Setembro de 2011 - 5h52

"Ex-assassino de economias" explica como as nações são saqueadas



Confira este trailer de um documentário bastante útil para se entender o mundo em que vivemos pela ótica financeira internacional. 


Neste documentário, John Perkins, que se auto-declara antigo "assassino de economias", explica detalhadamente como era o seu ofício de levar as riquezas de países de 3° Mundo, sob a supervisão das instituições internacionais.

Ficha:
Título original: "Let's make money"
Alemanha, 2008, 108min.
Direção: Erwin Wagenhofer


Trailer:


Da redação, com Blog DOC Verdade

terça-feira, 13 de setembro de 2011

HISTORIADOR FILOSOFO MITxCHELLL - DIRETO DO MADRE GERMANA X, COM COLETE A PROVA DE FACAS!


Página Inicial


RECEBA NOSSOS BOLETINS


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JORGE W. MOITA A DESTRA DO CÃO!

Bessinha analisa o 11 de setembro. E os neolibelês

FIZ UMA COMPOSIÇÃO MUSICAL SOBRE O 11 DE SETEMBRO - DIVULGAREI EM AGOSTO DE 2012 - MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO - DIRETO DE CUBA

REFORMA POLÍTICA JÁ!! MITxCHELLL IDEALIZADOR DO BOLSA BLOG! 100 PILAS PARA OS BLOGUEIROS SUJOS COMO EU!

Voto distrital é curral eleitoral; por isso é preciso derrotá-lo



Em tempos de reforma política os conservadores, como não poderia deixar de ser, querem puxar a brasa para sua sardinha e uma campanha pelo voto distrital começa a se delinear, puxada por setores atrasados da burguesia e da classe média alta, para reunir um milhão de assinaturas em um abaixo-assinado em defesa dessa forma restritiva de votar.

As alegações em sua defesa são irrisórias e frágeis. Dizem que é uma forma de votar que reduz a corrupção, aproxima o eleitor de seu representante, e aumenta o poder de decisão do cidadão.

Estas alegações beiram a má-fé ou a ignorância. O voto distrital já foi usado no Brasil no Império e na República Velha, sendo condenado por impedir a representação das minorias, rebaixar a representação parlamentar (os deputados estaduais e federais passam ligar-se mais às questões paroquiais de seu distrito e menos aos grandes temas coletivos e nacionais), e por transformar os distritos em verdadeiros currais eleitorais comandados por notáveis de aldeia.

A principal característica (e defeito fundamental) do voto distrital é a inevitável distorção da representação política que ele representa. Em artigo recente, publicado no Valor Econômico, o analista político Alberto Carlos Almeida dá a base matemática dessa distorção. Um partido pode eleger a maioria dos deputados federais obtendo apenas 25% dos votos populares: para isso ele precisa obter metade dos votos (50%) em metade dos distritos (50%). Metade da metade dos eleitores – isto é, um quarto deles.

Esta é a matemática eleitoral perversa que conduz, em todos os países que usam esta maneira de voto pouco democrática (particularmente Estados Unidos e Inglaterra) a um sistema de dois partidos, no máximo três, sem chance de representação política para outras correntes de opinião, que ficam obrigadas a acomodar-se a um destes partidos e a submeter-se a seus caciques, se quiserem ser agraciadas com pelo menos um candidato para apresentar suas ideias perante o eleitorado.

O voto distrital destrói os partidos e falsifica as eleições. Esteriliza votos de opinião que se apresentam geralmente dispersos geograficamente e pouco concentrados em distritos. Mesmo alcançando 10% dos votos nacionais, uma corrente de pensamento A estará fora da representação parlamentar, pois os 10% de um distrito não se somam aos 10% de votos nos demais distritos, sendo assim literalmente jogados fora. Em consequência, os 10% de eleitores que concordam com aquela corrente de pensamento A são radicalmente excluídos da representação parlamentar e destituídos de voz nos assuntos nacionais.

Um artigo publicado na retrógrada e direitista Veja (7/9/2011) apresenta outro argumento a favor do voto distrital: ele destrói a representação operária e popular: as bancadas de deputados ligados a sindicatos (ou aos movimentos sociais, poderia ter acrescentado) ficariam severamente reduzidas; 35 deputados ligados a sindicatos teriam deixado de serem eleitos em 2010 se o voto fosse distrital.

O autor daquele artigo comemora como uma “vantagem” o fato de que os votos de uma base operária dispersa enfraqueceriam “o pode de fogo” de um candidato ligado a um sindicato. O partido mais prejudicado na eleição passada, caso o sistema de voto fosse o distrital, teria sido o PT, que elegeria menos oito deputados federais; o PCdoB teria deixado de eleger cinco, reduzindo sua bancada de 15 para 10 parlamentares.

O voto distrital (puro ou misto) é um retrocesso eleitoral que favorece os conservadores, a direita, o poder econômico, os interesses locais e os caciques partidários. Por isso, precisa ser combatido com vigor por todos os democratas. É conhecida a opinião de Tancredo Neves que, no ocaso da ditadura militar, rejeitou esta forma de votar pois levaria à eleição do padre, do comerciante, do prefeito, das notabilidades paroquiais, para a Câmara dos Deputados, amesquinhando o tratamento político das grandes causas sociais. Tancredo Neves raciocinava de olho na experiência distrital do Império e da República Velha com seus currais eleitorais oligárquicos aos quais se reduzem, lembrou Walter Sorrentino, em artigo recente, os distritos eleitorais.

Alega-se que o voto distrital aproxima o eleitor do eleito e limita a manifestação do poder econômico. Não é verdade. Os distritos eleitorais, em São Paulo, teriam 430 mil eleitores – fazendo parte de unidades imensas com algo em torno de 600 mil habitantes. Daí a pergunta: onde, em unidades tão grandes, existe a tal proximidade entre o eleitor e o eleito, mesmo tratando-se de vereadores?

Além disso, a proximidade "geográfica" é artificial; ela só é efetiva quando há coincidência programática e de pensamento, facilitada no âmbito partidário, e não municipal ou distrital. Além disso, todo parlamentar, não importa o sistema eleitoral (distrital ou proporcional), está naturalmente em constante contato com sua “base”.

Quanto ao poder econômico, a experiência do voto distrital pelo mundo afora tem mostrado o contrário do que se alega: no distrito, ele fica mais concentrado e é exercido de forma mais efetiva, esmagando oponentes mais pobres. Era o combustível do mando oligárquico nos velhos currais coronelísticos do Império e da República Velha.

Há mais de 150 anos, em 1868, o escritor e político do Império, José de Alencar, se insurgiu contra o sistema distrital (a “lei dos círculos” de então) defendendo a superioridade do voto proporcional (o modelo que o Brasil adotou a partir da década de 1930). “É evidente”, escreveu, “que um país estará representado quando seus elementos integrantes o estiverem na justa proporção das forças e intensidade de cada um”.

O autor de O Guarani tinha razão. O princípio democrático mais efetivo é aquele que garante a participação política de cada corrente de opinião na medida de sua força social e política. E, à medida que a democracia se aprofunda e consolida, este princípio – representado pelo sistema proporcional – garante a ampliação da participação de candidatos e partidos ligados ao povo, à sua luta e aos seus interesses.

Daí o desespero dos setores mais conservadores e reacionários, dos sem voto ou com voto declinante, em impor um sistema de votação no qual, com pouca representatividade política, possam continuar exercendo um poder político que não corresponde mais à sua expressão na sociedade. Quem defende o voto distrital são estes com voto declinante que pretendem barrar, no tapetão legislativo, a livre e ampla expressão da maioria do povo e dos trabalhadores. Precisam ser denunciados e suas pretensões derrotadas, em benefício da consolidação e avanço da democracia.


MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO!

UM ABRAÇO FILOSOFICO PARA O GUILHERME NUEVO E BRUNO 3º B NOSSOS LEITORES QUALIFICADOS!

domingo, 11 de setembro de 2011


 

11 de Setembro de 2011 - 0h00

Após 10 anos, 11 de setembro ainda deve respostas


Os episódios envolvendo o 11 de setembro levaram milhares de pessoas para o centro de Nova Iorque com roupas pretas. Protestavam exigindo respostas, para o que eles definem como uma grande farsa. Esta é uma das cenas do segunda parte do documentário: A Farsa do 11 de Setembro, que você pode acompanhar no vídeo abaixo.


sábado, 10 de setembro de 2011

O 11 DE SETEMBRO QUE REDE BOBO NÃO VIU!

Guerra ao “terrorismo” fez um mundo mais inseguro

Os atentados terroristas de 11 de setembro deram ao imperialismo norte-americano o pretexto que faltava para empreender uma inflexão na política externa, tornando-a mais conservadora e agressiva.


Em 11 de setembro de 2001, 19 terroristas sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos e realizaram um atentado de inauditas dimensões. Duas aeronaves foram jogadas sobre as torres gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, símbolos do poder financeiro da maior potência capitalista. Um terceiro avião foi arremessado sobre o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em Washington, e destruiu parte do prédio, centro onde são planejadas guerras de agressão, símbolo do poderio militar da superpotência. O quarto avião caiu em um campo perto de Pittsburgh. Mais de 3 mil pessoas foram mortas e os prejuízos econômicos foram contabilizados em 90 bilhões de dólares.

O episódio deu pretexto a que se procedesse a uma inflexão ainda mais para a direita e para o predomínio de posições de força na política externa estadunidense - que já se encontrava em gestação desde que o grupo conhecido como “neocons” chegou à Casa Branca, a partir da eleição de George W. Bush à Presidência dos Estados Unidos.

Indubitavelmente, os atentados de 11 de setembro de 2001 e os abalos na situação internacional que se lhe sucederam tornaram o mundo pior, mais inseguro, perigoso e instável. Progressivamente assistiu-se a uma deterioração do quadro mundial, ao agravamento de suas contradições e conflitos.

Osama Bin Laden, ex-aliado dos Estados Unidos na guerra antissoviética do Afeganistão, foi acusado de ser o mandante dos atentados.

Horror infinito

Sob o pretexto de caçá-lo, em 7 de outubro de 2001 tem início a operação “Liberdade Duradoura”. Na ocasião o Partido Comunista do Brasil emitiu um documento dizendo que a operação desencadeava o “horror infinito”.

A aviação estadunidense e a do seu principal aliado, o Reino Unido, fizeram uma verdadeira razia na capital, Cabul, e em outras cidades afegãs. O governo do Taleban foi deposto e substituído por um governo fantoche. Mas a chamada “guerra ao terrorismo”, inaugurada por George W. Bush, continua sendo o mantra da política externa e de “defesa” do imperialismo estadunidense nos dias de hoje. Somente uma década depois, Osama Bin Laden foi encontrado, não no Afeganistão, mas no vizinho Paquistão. Seu assassínio e o sumiço dos seus despojos foi tão somente uma vitória de Pirro para os Estados Unidos

O sucesso alcançado pelos Estados Unidos no Afeganistão foi apenas efêmero. Depois de uma década de ocupação do país da Ásia Central, a sensação das tropas norte-americanas é de terem entrado num movediço pantanal. No começo, a força dos agressores parecia invencível. Por conveniências várias, e devido à comoção provocada pelos atentados, os Estados Unidos contaram no início com a solidariedade das demais potências e diversos outros países. Formou-se uma ampla coalizão internacional. Aparentemente, estavam dadas as condições para o enfrentamento conjunto do “terrorismo internacional”, mas o fato é que tal combate foi feito mediante o terrorismo de Estado.

Em 2002 a ONU deu às tropas de ocupação o status de “tropas internacionais”, garante a segurança do governo provisório e mobiliza recursos para a reorganização e “reconstrução” do país. Os Estados Unidos mantêm a campanha militar e intensificam a caçada aos membros do Taleban e da Al Qaeda. Dez anos depois, a guerra no Afeganistão ainda é considerada vital no “combate ao terrorismo” e mobiliza mais de 150 mil soldados norte-americanos e de países europeus da Otan.
Política de força dos EUA
Se o 11 de setembro será sempre lembrado pelo atentado, outra data, o 20 de setembro, ficou marcada como o dia em que a superpotência imperialista norte-americana anunciou ao mundo a inflexão em sua política externa, que viria a ser posteriormente sistematizada no corpo de ideias e conceitos denominados de “doutrina Bush”.

Naquele dia, falando urbi et orbi desde a sede do Capitólio, o presidente George W. Bush exortou o mundo a criar a “coalizão anti-terrorista”, dividiu as forças mundiais em termos maniqueístas – “quem não está conosco está contra nós” - , ameaçou punir “nações hostis”, num prelúdio do que viria a chamar poucos meses depois de “Estados bandidos”, integrantes do “eixo do mal”, contabilizou a existência de 60 países onde se albergam terroristas e ameaçou usar as armas de que dispõe em seu poderoso e sofisticado arsenal.

“Nossa guerra contra o terror começa com a Al Qaeda mas não termina aí”, vociferou Bush. “Não terminará até que todos os grupos terroristas de alcance global tenham sido encontrados, detidos e vencidos (...)Como lutaremos e ganharemos esta guerra? Dedicaremos todos os recursos sob nosso poder – todos os meios da diplomacia, todas as ferramentas da inteligência, todos os instrumentos para velar pelo cumprimento da lei, toda a influência financeira e todas as armas necessárias de guerra (...) Os estadunidenses não devem esperar uma batalha, mas uma campanha longa, distinta de qualquer outra que temos visto. Possivelmente, incluirá ataques dramáticos, que podem ser vistos na televisão, e operações encobertas, que permanecerão secretas mesmo depois do êxito (...) Perseguiremos as nações que ajudem ou abriguem o terrorismo. Toda nação, em toda região do mundo, agora tem que tomar uma decisão. Ou estão do nosso lado, ou do lado dos terroristas. A partir de hoje, qualquer nação que continue albergando ou apoiando o terrorismo será considerada regime hostil pelos Estados Unidos”, ameaçou.

O pronunciamento de George W. Bush em 20 de setembro de 2001 é o documento fundador da “nova ordem”, a proclamação dos meios e dos modos como percorrer o pretendido “novo século americano”. Marcou uma mudança de fase nas relações dos Estados Unidos com o resto do mundo e no exercício da hegemonia norte-americana. Abriu-se novo período, que as forças anti-imperialistas no mundo chamariam de tirania global, uma expressão usada pelo então presidente cubano Fidel Castro, um período de uso indiscriminado da força bruta, desprezo pela legalidade internacional e pelas instituições multilaterais. Abriu-se uma fase de intensa militarização das relações internacionais e de decisões de força.

Guerra ao Iraque


Outro resultado direto do 11 de setembro foi a guerra de agressão ao Iraque. Em 20 de março de 2003, os Estados Unidos e o Reino Unido bombardearam e invadiram o país árabe, alegando que o regime de Saddam Hussein estaria produzindo armas de destruição em massa. Foi uma ação unilateral sem autorização da ONU, cujos inspetores não encontraram provas da acusação. Em 2004, atuando no terreno como autoridades de ocupação, os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido reconheceram que não havia armas de destruição em massa no Iraque. A desfaçatez fica patente, quando se constata que crimes foram cometidos em nome da suposta destruição das mencionadas armas.

Dezoito meses transcorreram entre os atentados de 11 de setembro de 2001 e o início da guerra norte-americana no Iraque, em março de 2003. Durante esse período, os preparativos para a guerra foram desenfreados. No mesmo lapso de tempo tomou forma e foi anunciada ao mundo a chamada Doutrina Bush. Durante tais preparativos ocorreu uma espécie de tour de force entre a diplomacia e a guerra, esta em contraste com a ONU, o sistema multilateral e o direito internacional, cuja falência foi decretada na prática. Desde então e até hoje, multilateralismo e direito internacional existem tão somente como contrafação ou discurso ingênuo.

Em 1º de junho de 2002, Bush fez outro pronunciamento definidor, falando aos cadetes de West Point, quando ficou clara a intenção de atacar o Iraque e foi lançada a doutrina do “ataque preventivo”, uma reviravolta conceitual, verdadeira subversão do direito internacional, que somente autoriza o uso da força em defesa própria, para combater ameaças reais, não potenciais nem presumíveis.

E em 17 de setembro foi publicado o documento “A Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América”, oficializando a doutrina dos ataques preventivos. Esta sucessão de pronunciamentos é reveladora da escalada nos preparativos da guerra ao Iraque ao longo do ano de 2002, no vértice do poder estadunidense.

Os preparativos para a guerra incluíram a elaboração de argumentos, que foram largamente difundidos em declarações das autoridades estadunidenses, como também em noticiários e análises através dos meios de comunicação. A argumentação para justificar a guerra contra o Iraque tinha três pilares: “o Iraque é uma ditadura cruel, que desrespeita os direitos humanos, sendo necessário o uso da força para restabelecer a democracia no país”, diziam a Casa Branca, o Pentágono, setores conservadores do mundo acadêmico e a mídia a serviço dos planos de guerra; dizia-se ainda que o Iraque apoiava política e materialmente a Al Qaida, sendo por esta razão um “Estado bandido”, integrante do eixo do mal, aliado do terrorismo internacional; arguía-se também que o Iraque possuía armas de destruição em massa que a qualquer momento poderia usá-las contra os Estados Unidos ou seus aliados na região.

Os preparativos de guerra sofreram forte contestação. Milhões de pessoas em todo o mundo saíram às ruas num veemente apelo de paz. Dentro dos próprios Estados Unidos, a guerra ao Iraque não ganhou consenso. O senador democrata Ted Kennedy disse que foi uma guerra de escolha, não de necessidade, com abuso grosseiro das informações de inteligência e arrogante desrespeito pelas Nações Unidas. Bush e a linha dura neocon não hesitaram em exagerar e manipular os dados sobre armas de destruição em massa. Inventaram imagens como a do cogumelo gigante sobre os EUA e as ligações inexistentes de Saddam Hussein com a Al Qaida, disse o senador.

A rigor, nenhum dos argumentos para atacar o Iraque se sustentava. Não há um problema sequer envolvido em tal argumentação que não pudesse ser resolvido pacificamente e por meios diplomáticos, nos termos de uma política estabilizadora de relações internacionais, além dos meios jurídicos, nos termos da Carta das Nações Unidas e de outros documentos legais que constituem o direito internacional.

Na verdade, a motivação para a guerra era outra. Tinha a ver com a inflexão operada na política externa estadunidense pela Doutrina Bush. Esta guerra tem a ver com petróleo e a conquista de posições geopolíticas na luta que os Estados Unidos levam a efeito para exercer hegemonia no mundo. Nada a ver com direitos humanos, democracia, armas de destruição em massa ou missão civilizadora, muito embora os neocons considerem que os Estados Unidos são portadores desses valores e que é seu desiderato fazê-los triunfar no mundo, mesmo que de forma cruenta, ao atropelo do direito internacional, da democracia praticada segundo outros critérios e dos próprios direitos humanos. Na verdade são pretextos para salvaguardar interesses imperiais travestidos de valores.

Implicações geopolíticas

Até hoje se debate sobre as implicações geopolíticas do 11 de setembro de 2011 e nada indica que cessa a discussão. Efetivamente, o imperialismo norte-americano tomou o episódio como pretexto para lançar uma Doutrina e uma Estratégia.

A política dos neocons, que encontrou no episódio do 11 de setembro o momento propício para ser executada, corresponde ao objetivo da superpotência de estabelecer uma hegemonia ampla, ligada aos interesses da economia norte-americana, em franco declínio. Os seus teóricos estavam (estão ainda) convencidos de que os Estados Unidos devem proclamar seu domínio, afirmar a sua hegemonia, bastante questionada e em crise, recorrendo a todos os meios a seu dispor, entre eles a guerra de agressão, a militarização do mundo e a ameaça nuclear.

No quadro da “guerra ao terrorismo”, o governo dos Estados Unidos atacou também os direitos civis dentro do país, com a lei chamada Patriotic Act, e promoveu a prática da tortura e das prisões ilegais de prisioneiros estrangeiros nos cárceres de Abu Graib e Guantânamo.

A política de força e agressividade que os Estados Unidos promoveram na sua atuação internacional suscita não apenas debates, mas muita inquietação e insegurança nos demais atores da política internacional, sobre os rumos que irá tomar e sobre o mundo que espera a humanidade no transcurso do século 21.

A política belicista de George W. Bush foi eleitoralmente derrotada. O novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama venceu o pleito com promessas de restauração da paz, a retirada das tropas de ocupação e de busca de refundar a ordem mundial, a partir do multilateralismo e do respeito ao direito internacional. Mas mudou essencialmente de política?

O plano de retirada das tropas do Iraque é o mesmo concebido por Bush. Até hoje o país está efetivamente ocupado. Já o Afeganistão recebeu novos contingentes de tropas, para uma guerra que completará uma década no próximo mês, sem final previsível.

Tudo nos leva a crer que o ambiente político em que se processam as relações internacionais na atualidade permanece caracterizado por um inaudito retrocesso. O principal vetor do quadro político mundial, tendo como pano de fundo uma profunda crise do sistema capitalista, é uma abrangente e brutal ofensiva dos Estados Unidos para impor a sua hegemonia, o que cobra elevado preço aos povos e países que circunstancialmente se tornam alvo dessa ofensiva.

No conjunto do Oriente Médio e Norte da África, o imperialismo estadunidense aproveitou-se da chamada primavera árabe para levar adiante antigos planos de reconfigurar a região conforme seus próprios interesses. A guerra contra a Líbia e as ameaças de intervenção na Síria e Irã demonstram isso. Novos focos de tensões e conflitos aparecem, como é o caso do Paquistão e a militarização se alastra, com o novo conceito estratégico da Otan, a Quarta Frota na América Latina, o Africom, no continente africano, a disputa pelo controle do Oceano Índico e a proliferação de bases militares.

Estes fatos são de tal ordem que perdeu sentido prático a disjuntiva entre unilateralismo e multilateralismo, unipolaridade e multipolaridade, nos termos em que os acadêmicos a serviço do imperialismo e as chancelarias apresentam o problema. Pretende-se que é multilateralismo e multipolaridade a formação de um condomínio de potências agindo em concertação entre si a fim de partilhar o domínio do mundo e a espoliação dos povos. Nesse sentido, a guerra contra a Líbia seria uma expressão do multilateralismo, porquanto feita pela “comunidade internacional”, sob a supervisão da ONU. A guerra contra a Líbia, com ou sem a facilitação da ONU e o silêncio cúmplice da “comunidade internacional”, é modelada no mesmo figurino das políticas agressivas do imperialismo.

O multilateralismo e a multipolaridade, para serem úteis aos povos, deveriam estar inseridos no âmbito da estratégia e tática da luta anti-imperialista, e não subordinado a uma lógica de acomodação, adaptação e capitulação à ordem vigente.

Hoje não é tão difícil observar, passado já quase todo o mandato de Obama, que na essência, os interesses de Estado e estratégicos do imperialismo norte-americano são permanentes e a margem de variação da política externa é mínima, com os republicanos ou os democratas à frente da Casa Branca e do Departamento de Estado.

O fato é que superpotência norte-americana, diante do seu evidente declínio, sente a necessidade de agir com o objetivo de afirmar sua liderança política e supremacia militar.

Hoje, sob Obama, parece haver uma espécie de síntese entre as posições mais centristas dos dois partidos, principalmente depois que a direita mais retrógrada e conservadora apresentou suas armas, com o Tea Party e os preparativos para as próximas eleições presidenciais.

É a busca de uma política que pudesse parecer aceitável e fosse a expressão de um pretendido “imperialismo benigno”. Hoje, o establishment norte-americano busca um Obama ainda mais conservador ouum “republicano moderado”. É o que estará em jogo nas próximas eleições presidenciais dos EUA.

A política que prevalecerá e o mundo em que a humanidade viverá não resultarão apenas das opções a serem feitas pelos grupos de poder dos Estados Unidos. Como a política internacional é sempre uma relação de poder nos marcos da sociedade internacional, as próprias opções americanas estarão condicionadas pela evolução da realidade objetiva, evolução que, por sua vez, está ligada tanto ao poderio norte-americano como ao das demais potências e à evolução da luta política dos povos.

O cenário atual é o de uma competição pela hegemonia mundial no século 21. Os Estados Unidos, diante das próprias dificuldades econômicas estruturais, entre estas a debilidade do dólar, com o maior passivo externo do mundo, frente à emergência de novas áreas econômicas, geopolíticas e financeiras que ameaçam seu primado, optam pela força, tentam vencer a competição global no terreno militar, onde são esmagadoramente os mais fortes e na economia buscam inverter uma tendência objetiva.

Um fator novo aparece na evolução do quadro mundial. Muito embora, o período seja ainda de defensiva estratégica, emergem de novo as lutas anti-imperialistas e por uma nova ordem mundial.

Se é verdade que emergem novos pólos econômicos e de poder político, como fenômeno objetivo e tendência inexorável, isso não significa que vá ocorrer espontaneamente a democratização das relações internacionais.

O sistema capitalista, em profunda crise, depois de ter atingido a etapa imperialista e a escala da globalização mercantil, produtiva e financeira, revela-se incapaz de gerar prosperidade coletiva. A cada dia a realidade demonstra os limites desse sistema e a inexorável tendência à estagnação e às crises. Por outro lado, Os Estados Unidos, superpotência multidimensional, exibe sinais evidentes de parasitismo e declínio, expressos em seus déficites gêmeos – passivo externo e déficit fiscal e na erosão do dólar como padrão monetário.

A perspectiva de conflitos se acentua se observarmos o comportamento de outros grandes atores da cena internacional e a evolução dos acontecimentos.

A China proclama seu engajamento pela paz, a coexistência pacífica e a cooperação internacional. Mas independentemente de vontades e proclamações, sua vertiginosa emergência ao status de potência econômica, além de militar e nuclear, além do aumento de sua influência política e diplomática, objetivamente coloca-a, em perspectiva, em posição de rival dos Estados Unidos. Ou pelo menos é assim que será vista por estes.

Quanto à Rússia, em franca recuperação do seu poderio nacional, também manifesta traços de rivalidade, expressando duras reações ao expansionismo estadunidense e ocidental vis à vis à Europa Oriental.

O exame de outros fatos em curso e outras tendências que se delineiam também nos mostram elementos de conflitos no cenário político internacional. O segundo mandato de Bush teve como foco prioritário o “plano de reestruturação do Oriente Médio”. Construir um “Oriente Médio americano”, com regimes dóceis e a destruição dos inimigos dos EUA foi o objetivo visado. Por irônico que possa parecer, é Obama e seus aliados europeus da Otan que estão levando adiante tais planos, como mostra o comportamento da política externa e militar dessas potências na esteira dos acontecimentos na região e no Norte da África a partir de dezembro de 2010, cuja maior expressão até o momento é a guerra contra a Líbia.

Tudo nos mostra que está a se desenvolver um novo cenário político internacional, com a acumulação de fatores de conflitos nacionais e sociais, cenário revelador do surgimento de novas tendências históricas. Nesse quadro, é difícil, senão impossível, proceder a uma análise unívoca e chegar a conclusões definitivas quanto ao sentido em que evoluirá a situação internacional. Sendo uma transição, parece tratar-se de uma transição conflitiva, na qual o governo global e compartilhado, fundador de uma ordem de paz e harmonia é, no horizonte visível, mera especulação ou mesmo uma quimera. Como também é ilusório depositar as esperanças de paz no entendimento entre as grande potências.

A crise do capitalismo, com suas consequências de agravamento das condições de vida das massas populares, a intensificação da agressividade do imperialismo e o aumento do perigo de guerra exigem respostas enérgicas dos povos e forças progressistas e revolucionárias. Mais do que nunca a luta anti-imperialista encontra-se na ordem do dia, o que requer consciência, mobilização e organização dos povos.


MITxCHELLLL HISTORIADOR FILOSOFOSO