ATTENAS AULAS

domingo, 28 de agosto de 2011

Você é a favor ou contra a instalação de câmeras de segurança em sala de aulas?

Vejam esse texto no jornal diario da manhã!

http://www.dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20110828&p=24

DEIXE SUA OPNIÃO!

http://www.dmdigital.com.br/novo/#!/view?e=20110828&p=24

SERRA BYE, BYE FOREVER!!

Redação Conversa Afiada

RedaçãoConversa Afiada

Dilma é 3ª mais poderosa do mundo. O Cerra corta os pulsos

Saiu no G1:

Dilma é terceira em ranking das mais poderosas do mundo, diz ‘Forbes’


Presidente brasileira está atrás de Angela Merkel e de Hillary Clinton. Gisele Bündchen está no 60º lugar; políticas e empresárias lideram lista.


Do G1, com informações da Reuters


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, é a terceira mulher mais poderosa do mundo, de acordo com o ranking da revista norte-americana Forbes, divulgado nesta quarta-feira (24).


Na primeira posição, aparece a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, seguida pela secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.


A lista da revista norte-americana é dominada por políticas, empresárias e líderes dos setores de mídia e entretenimento. A modelo brasileira Gisele Bündchen está no 60º lugar.


Entre as mulheres do mundo dos negócios, a mais bem colocada é a indiana Indra Nooyi (4ª no ranking geral), que comanda a PepsiCo, seguida pela chefe de operações do Facebook, Sheryl Sandberg (5ª), e pela presidente da norte-americana Kraft Foods, Irene Rosenfeld (10ª). Nenhuma brasileira aparece na lista nessa categoria.


A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, que no ano passado ficou no topo do ranking, este ano caiu para a oitava posição.


Lady Gaga e a recém-nomeada editora-executiva do New York Times, Jill Abramson, estão em 11º e 12º lugar, respectivamente. Gaga é a mais nova da lista, com 25 anos, enquanto a Rainha Elizabeth, no 49º lugar, é a mais velha, com 85 anos.


A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, aparece na 17ª posição. Oito chefes de Estado e 29 presidentes-executivas estão na lista das 100 mulheres mais poderosas do mundo. Elas têm em média 54 anos e controlam, juntas US$ 30 trilhões. Vinte e duas delas são solteiras.


DIRETO DO MORRO DO CANTA GALO! MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Globo exibe pornografia durante futebol



Sábado, 13, quem acompanhava a partida entre Botafogo e América-MG pelo Tempo Real da Globo.com teve uma surpresa, no mínimo, curiosa. No primeiro tempo, a seção de vídeos do site publicou, ao invés dos lances importantes e gols da disputa assistida, um vídeo pornográfico.


A Globo se desculpou pelo ocorrido por meio de um comunicado, no qual explica que um "lamentável erro técnico" deixou o vídeo de sexo no ar por cerca de um minuto. Ainda segundo a empresa, só assinantes do canal Sexy Hot viram a mudança.

"Por um lamentável erro técnico, a imagem de um vídeo pornográfico foi exibida durante a transmissão em Tempo Real da partida entre Botafogo e América-MG de sábado, 13 de agosto", diz a nota. "O vídeo, acessível apenas para assinantes do canal Sexy Hot, foi "chamado" equivocadamente e ficou no ar por aproximadamente um minuto durante o primeiro tempo da partida. Pedimos desculpas aos usuários pelo incidente."


TA DESCULPADO REDE BOBO! PARA QUEM JÁ MATOU E ESTUPRA O BRAZIL UMA BOBAGEM DESSA NÃO É NADA!
MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO - DIRETO DA CATEDRAL DE SANTA SOFIA - TURQUIA


SBSTEIRA VAI TE CATAR TAMBÉM!

Só amor, nada de revolução: SBT corta depoimentos reais em novela



Um dos maiores chamarizes de Amor & Revolução (SBT) — os depoimentos reais de pessoas que viveram de perto os anos de ditadura militar no Brasil — foi cortado da novela, sem maiores explicações. O SBT não está exibindo mais os depoimentos que iam ao ar no final de cada capítulo da trama.


Procurado, o autor da novela, Tiago Santiago, diz não saber o motivo do corte. Os depoimentos inéditos gravados serão jogados fora. Já o SBT diz que resolveu tirar os depoimentos porque não conseguia nenhum militar ou ex-militar para falar sobre o assunto — como se os militares já não tivessem usado e abusado da imprensa da época para registrar suas “versões oficiais”.

A rede vinha exibindo desde então apenas depoimentos de pessoas da oposição na época, o que, na opinião da direção da emissora, não é correto nem justo. Para não ficar só com um lado da história, o canal resolveu abolir os depoimentos. As pressões dos militares venceram.

Na estreia de Amor & Revolução, em abril, o SBT anunciou que faria de tudo para ter um depoimento da presidente Dilma Rousseff entre os que iriam ao ar. Militante política na época, Dilma chegou ser presa, mas não gravou para a novela.


DIRETO OSLO NORUEGA
MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOOFO

REDE BOBO! VAI TE CATAR!

Walter Decker: O inacreditável neomoralismo da Globo



Globo vê retrocesso nos “padrões morais” do país e muda abertura de novela que já foi apresentada e reapresentada em horário vespertino.


Trata-se de um dos grandes sucessos da Globo, a novela “Mulheres de Areia”, de Ivani Ribeiro, que volta a ser exibida a partir em setembro no “Vale a Pena Ver de Novo”, em substituição a “O Clone”.

Na noite de quarta-feira a emissora anunciou que vai refazer a abertura da novela, exibida originalmente no horário das 18h em 1993 e já reapresentada uma vez, no horário vespertino, no final de 1996.

A explicação da Globo é surpreendente.

Tendo como base seus Princípios e Valores, a Globo resolveu adaptar a abertura para o Vale a Pena Ver de Novo, tornando menos explícitas cenas de nudez. Embora esta abertura tenha ido ao ar com a novela em 1993, a emissora avaliou que não era compatível com os padrões morais atuais do país.

A novela, protagonizada por Gloria Pires e Guilherme Fontes, foi vendida para mais de 30 países. É uma adaptação de duas outras novelas de Ivani Ribeiro, a mesma “Mulheres de Areia”, exibida pela TV Tupi em 1973, e “O Espantalho”, que Record apresentou em 1977


DIRETO DO TIBET - UMBIGO DO MUNDO
MITxCHELLL HISTÓRIADOR FILOSOFO

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MITxCHELLL - DIRETO DO TIBET - UMBIGO DO MUNDO!


24 de Agosto de 2011 - 11h37

Amy morreu careta; repente brasileiro homenageia cantora


Nesta terça-feira (24), o porta-voz da família de Amy Winehouse, Chris Goodman, divulgou os resultados do exame toxicológico feito na cantora. Segundo o comunicado, não foram encontrados vestígios de droga no organismo de Amy, apenas álcool em quantidade insuficiente para causar a morte, que permanece inexplicada. Amy, que morreu em 23 de julho, é alvo de inúmeras homenagens. Entre elas está o repente de Edu Krieger: “rock n’roll pra valer foi Noel Rosa que partiu sem chegar aos 27”.




Além do repente de Edu Krieger, Amy também foi tema de uma série original de obras brasileiras sobre ela, com artistas como William Medeiros, Stegun, Viviane Yamabuchi e Edra, todas reunidas em uma exposição que aconteceu em um shopping de São Paulo.

Ninguém sabe a real causa da morte da cantora. A especulação de que ela teria sofrido uma overdose, depois de se drogar na noite de 23 de julho, parece estar descartada, já que o porta-voz disse que o exame não encontrou substância ilícita. Como o corpo foi cremado, não existe possibilidade de uma nova autópsia: tudo será definido com base no que foi recolhido na casa da cantora e o inquérito que vai apurar o que, de fato, aconteceu só deve sair no final de setembro.

De acordo com o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, é raro, mas a abstinência pode matar. “Durante a abstinência, a pressão pode aumentar, a pessoa pode ter taquicardia, tremores, ficar ansiosa, suar frio”, diz Andrade. “O grau máximo da abstinência é chamado de delirium tremens, em que o paciente passa a ter crises convulsivas.” O delirium tremens pode ocorrer quando uma pessoa interrompe o consumo de álcool depois de beber por muito tempo. A falta de alimentação também pode agravar a situação.

Morte por abstinência é comum nos EUA

Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, é mais comum em pessoas que tomam entre 4 e 5 doses de vinho ou até oito doses de cerveja por dia durante vários meses. De acordo com Ana Cecília Marques, da Associação Brasileira do Estudo do Álcool e Outras Drogas, em torno de 5% dos pacientes podem desenvolver essa síndrome de abstinência grave.

Entre os sintomas, os pacientes podem sentir medo, sofrer alucinações, convulsões, dores no peito, febre e vômito. Em geral, esses sinais aparecem a partir de 72 horas após a retirada total do álcool do organismo. Estudos sugerem, porém, que eles podem ocorrer entre 7 e 10 dias após a última dose ingerida. Depois desse período, os sintomas pioraram progressivamente.

“Quando essas pessoas param de beber, acontece um ‘caos químico’ no sistema nervoso central. Além de alucinações e convulsões, o paciente também apresenta alterações no sistema cardiovascular e no sistema respiratório”, diz Ana Cecília Marques. “Antes, o cérebro do paciente havia desenvolvido uma tolerância ao álcool. Sem ele, tudo deixa de funcionar como deveria. A pessoa pode morrer por falência.”

Como procurar ajuda

Arthur Guerra de Andrade explica que, em casos de crise de abstinência séria, o paciente deve procurar um serviço de emergência, onde será atendido numa Unidade de Terapia Intensiva que tratará os sintomas com medicamentos anticonvulsivos, calmantes, entre outros. Sem a ajuda de um médico, segundo Ana Cecília Marques, dificilmente o paciente sobrevive.

Para quem deseja parar de beber, os médicos indicam a interrupção total da bebida alcóolica. A decisão, porém, deve ser acompanhada de perto por um especialista, capaz de controlar sintomas de uma possível complicação, como é o caso da síndrome de abstinência grave. O pai de Amy, Mitch Winehouse, disse que sua filha lutava contra o álcool havia anos e, quando morreu, estava completando três semanas sem beber. O resultado do inquérito sobre a morte da cantora britânica deve ser conhecido no dia 26 de outubro.

Da Redação, com agências

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Ligue no 0800 Do "Criança Esperança" e ajude ao Brasil nunca ser o país do futuro! Uma farça! Alguem já viu uma unidade do criança esperança em Goiás?

BBB 8 e Criança Esperança – Como a Globo gera miséria e repassa a conta aos brasileirosCom a liderança da Rede Globo, não há Criança Esperança que dê jeito.


(artigo escrito por Miriam Moraes, publicado no jornal "O Jornal de Goiás")

“Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.” (José Serra, governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência da República)
O brasileiro não tem como saber, mas não há nada de natural no excesso de exploração do conteúdo sexual que ocorre na TV brasileira.O Brasil é visto no exteriorcomo “paraíso sexual”, a gravidez na adolescência atinge números alarmantes, todos os dias nasce um batalhão de crianças que jamais conhecerãoo pai, enquanto a maior potência da comunicação no Brasil investe numa programação que empobrece os brasileiros e aposta no “Criança Esperança” para manter a imagem de empresa com compromisso social.
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São duas horas da tarde e o Vídeo Show apresenta uma discussão sobre a possibilidade de haver distinção entre o sêmen de um peão e o sêmen das diversas categorias masculinas. Logo em seguida, a novela exibida em Vale a Pena Ver de Novo mostra um casal de adolescentes desesperados à procura de um lugar mais reservado para manter relações sexuais. Segundo o garoto, as outras vezes aconteciam no carro ou no mato. Na novela das seis, Florinda, personagem de Grazielli Massafera, conta que sua “caçarola fica fervendo” quando está com o namorado. Na trama das sete, as cenas de sexo são lugar comum. Na novela das 8, que começa às 9, o linguajar chulo, pobremente recheado de intenções medíocres, é intercalado com cenas de sexo implícito. No sábado, Luciano Huck apresenta suas dançarinas despidas em coreografias de gosto e qualidade duvidosas, o que se repete no Domingão do Faustão, aos domingos, dia em que o programa “Fantástico” relata o trabalhoso processo de pintar o corpo nu de uma mulata estonteante ou entrevista garotos que contam quantas pessoas beijou naquela noite, na mesma festa. Pouco depois das 10 horas, o programa Big Brother fecha a noite com uma mulher de costas, quase nua, sendo beijada por um rapaz que lhe apalpa as nádegas sob a micro-saia, e um desfile de mulheres com espuma de barbear sobre os seios deixam os homens da casa embasbacados.Num pobre vilarejo do norte, a menina de 14 anos assiste e tenta desvendar o modo de agir e se comportar dos “modelos humanos” criados pela TV. As mulheres são lindas! Quando saírem dali serão famosas e assediadas, a representação em carne e osso do sucesso. São moças que trocaram o primeiro beijo 24 horas depois de conhecer o rapaz, que revela seu desejo de realizar um “test drive” no paquera, uma expressão que escapa ao entendimento da menina, mas a intenção das palavras, revelada pelo contexto, é claramente captada.A menina se imagina no lugar daquelas mulheres. Os jovens brasileiros sonham com o sucesso e a fama, vêem como se comportam os famosos e mapeiam o comportamento que define a chegada ao pódio.Quando se aproxima de um garoto por quem se interessa, buscará as receitas de sucesso que lhe foram apresentadas. Logo, porém, essa menina descobre que pessoas do mundo real engravidam, que os garotos não querem assumir a responsabilidade da paternidade e que a pobreza dividida com filhos transmuta-se em miséria.Aos 18 anos poderá ter três crianças, cada uma de pai diferente, todos vivendo em condições sub-humanas.Surge, então, o programa “Criança Esperança” que consiste numa campanha realizada anualmente pela Rede Globo. Nos intervalos das programações que banalizam o sexo, atores populares aparecem na tela solicitando contribuições financeiras para remediar a miséria das crianças que nasceram das receitas de comportamento produzidas pela própria Globo. Operam a comunicação como um produto comercial; contabilizam para si os lucros e constroem uma imagem de preocupação com “o social” através das doações financeiras dos brasileiros.O conjunto de valores se materializa na realidade de vida de um povo e a comunicação é um elemento primordial na formação dos valores sociais. No entanto, há uma corrente vigente que rotula de retrógrado e arcaico qualquer pensamentoque se contraponha à idéia de que o ideal para o ser humano seja o conceito de progresso e modernidade associado à liberalidade e permissividade. Diante do preconceito, do receio de ser tomado por um tolo conservador, a maioria se cala e se omite, facilitando a ação dos que apregoam uma sociedade sem limites.

A sensualidade “natural”

O atual governador de São Paulo e ex-candidato a Presidente do Brasil declarouem uma entrevista: “Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.”O Brasileiro, sem a referencia de outros países, acostumou-se ao padrão veiculado e considera normal o volume de conteúdos com conotação sexual exibido na programação televisiva. No entanto, quem tem a oportunidade de viajar para outros países chega a se espantar com a diferença, não apenas da programação como dos costumes e comportamento do povo, especialmente do europeu. Foi de lá que Sílvio Santos importou o formato do Show do Milhão, programa de perguntas e respostas que oferece prêmios aos vencedores. A diferença está no nível das perguntas. Versam sobre história mundial, geografia e informações culturais de alto nível, nada a ver com os questionamentos primários da versão brasileira. Evidentemente, há também programas com o formato BBB e deve haver os de conteúdo menos apropriado, mas é preciso procurá-los para que sejam encontrados, pois não há mulheres nuas ou referências sexuais na programação normal.Um bom exemplo é o depoimento de Cristina Amaro Neves, que deixou o Brasil aos 11 anos, foi criada na Suécia, viajou pelo mundo todo e retornou ao Brasil para uma visita em novembro do ano passado. Agora, aos 29 anos de idade, Cristina se revela surpresa com o comportamentodos brasileiros:“Uma das coisas que mais me chocou no Brasil é a naturalidade com a qual se encara a promiscuidade sexual. Na minha cidade, a gente sai com um homem três meses antes que ele tenha a coragem de te dar um beijo. No Brasil bastam três minutos de conversa. Em todas as grandes cidades do mundo, esse é um comportamento isolado, de alguns grupos que são mal vistos pela grande massa, mas aqui é generalizado, socialmente aceito. Achei deprimente, tive a sensação de entrar numa tribo indígena.”De fato, caminhando pelas ruas de Portugal, Espanha, França e outros países europeus, mesmo no auge do verão onde as temperaturas reproduzem o clima tropical, nota-se uma gigantesca diferença no modo como as pessoas se vestem. Não há o exibicionismo, a exposição do corpo, a barriguinha de fora ou a preocupação acentuada com o vestuário, como acontece no Brasil.Recentemente, o Globo Repórter, da própria Rede Globo, dedicou seu programa a investigar os motivos que levaram o Brasil a ser visto lá fora como “um paraíso sexual”. Entrevistaram diversos turistas e revelaram a predominância de quem vem atraído pela grande liberdade para a prática da pedofilia e de relacionamentos instantâneos entre os adultos hetero ou homossexuais.- “O que mais eu poderia procurar no Brasil? Cultura?” - pergunta ironicamente um turista americano.

O sexo casual na formação do indivíduo

O corpo humano possui a capacidade de responder aos estímulos sexuais desde o nascimento – um conceito difundido por Freud e por pesquisadores contemporâneos em todo o mundo. A sexualidade, por ser latente, pode ser despertada até mesmo através de simples estímulos visuais, sonoros e da imaginação.Há uma confusão pautada na irreflexão e falta de preparo de quem define a linha de programação nas emissoras que banalizam as questões sexuais. Tais pessoas desconhecem que, mesmo que um adolescente, aos 14 anos de idade, saiba como colocar uma camisinha em uma banana, a formação psicológica não se encontra suficientemente amadurecida para estabelecer relações entre ações e conseqüências, implicando na ausência da responsabilidade necessária para a prevenção adequada.O ingresso no exercício da sexualidade envolve questões como auto-respeito, afetividade e auto-estima. Dependendo de como o relacionamento acontece e se desdobra,pode resultar num comportamento promíscuo onde se tenta, a todo custo, reverter a rejeição e inadequação resultantes das primeiras experiências, ou conduzir o adolescente a uma interminável crise de apatia e descrédito que se amplia para todos os setores da vida que deveria estar em construção, cujos valores como aceitação e rejeição, valoração ou descrédito, implicam na condição emocional para se situar e perseguir objetivos e sonhos.Uma ampla análise da influência da Globo sobre o comportamento dos brasileiros foi realizado pela BBC de Londres, através do documentário “Muito além do cidadão Kane”, disponível na Internet. Nele, os repórteres entrevistam moradores de casebres miseráveis onde adultos e crianças evidenciam o fascínio que as novelas, em primeiro lugar, exercem sobre crianças e adultos, na mesma proporção. O BBB foi criado para ser um programa de família, utilizando desenhos animados divertidos que atrai o público infantil. Teoricamente, ali estão reunidas pessoas do povo, é um programa que tem como objetivo a análise comportamental, mas todos os “modelos oferecidos” são basicamente iguais. A dinâmica da tensão criada nas eliminatórias e as intrigas dos bastidores são cuidadosamente planejadas para manter toda a família diante da Tv.A realidade do Brasil é apontada pela educadora Regina de Assis da seguinteforma: “Se você visitar favelas e periferias das cidades, se for para o campo, para a zona rural, poderá não encontrar uma geladeira, uma cama para cada pessoa, um fogão, mas ao entrar nas casas, nos barracos, uma televisão jamais faltará.” Portanto, a televisão é o único meio de comunicação que atinge as massas e é apontado como aquele que conta com maior credibilidade. Graças à força que possui as imagens transmitidas, o expectador não tem como saber o que foi omitido da informação, não consegue capturar racionalmente o efeito que uma trilha sonora agrega ao material. “Dependendo da trilha sonora colocada sobre as imagens de um grupo de jovens embriagados, levando garrafas à boca com movimentos confusos e mulheres sendo apalpadas por mãos diversas, poderíamos receber a cena como um retrato deprimente da degradação humana. Mas quando a Globo escolhe um grande sucesso dos Rolling Stones, uma música envolvente, divertida, cosmopolita, a imagem ganha ares de uma grande diversão de pessoas modernas e antenadas. É esse o tipo de comunicação realizada pela equipe do Big Brother.”No programa, há diversos recursos preparados para se obter determinados efeitos: a piscina, onde os participantes passam a maior parte do dia e são realizadas diversas tomadas, inclusive das festas, obtém uma exposição de mulheres de biquíni e homens com peitorais à mostra, motivo pelo qual a seleção não é aleatória, mas definida pela estética dos candidatos. As mulheres do BBB 8 são naturalmente liberais, em sua grande maioria, já posarampara sessões de fotos em revistas eróticas, propiciando espontaneamente, as cenas desejadas para atrair a audiência.O Brasil sempre foi um país pobre, mas a televisão chegou num momento em que não havia opções de lazer, tornando-se um grande fenômeno de popularidade.A TV Globo definiu sua linha de ação ainda muito cedo. O programa do Chacrinha, que animava as tardes de domingo, trazia mulheres em trajes sumários, algo muito novo para a época, que rebolavam em coreografias ultra sensuais, algo que a maioria da população do interior, norte e nordeste do Brasil, nem suspeitava existir. Para um povo pouco afeito à leitura, as tramas eram um atrativo irresistível, e o padrão do que era bonito e atraente foi acrescentado ao pacote como um brinde especial.A TV produz modelos a todo instante.Na década de 70, o executivo mais bem pago de toda a América Latina era Walter Clark, diretor geral da Rede Globo.O Brasil tem 70% de sua população adulta situada entre os semi-analfabetos ou analfabetos absolutos. Como um pai ou mãe, situados neste limite intelectual, poderia concorrer ideologicamente com um profissional tão bem preparado, com recursos de ponta em defesa de sua tese? Esperar que a opinião dos pais pudesse produzir um efeito maior que todo um contexto propagado por um veículo de massa, é desconsiderar a subjetividade do adolescente, que comprovadamente é mais aberto ao que vem de fora, no período áureo de contestação, do que ao ponto de vista dos pais, que considera ultrapassado.“A TV é a mídia mais superficial de todas. Ela irá mudar quando tivermos um espectador mais crítico e exigente e quando a baixaria deixar de ser tolerada por quem faz TV. O espectador tem um poder ainda não totalmente exercido: o de mudar de canal.” Esta declaração do apresentador Serginho Groisman, contratado da Rede Globo, reproduz o discurso daqueles que pretendem inocentar a emissora. Não é verdade que a TV seja superficial, ao contrário.A utilização de luzes, sons e cores, resulta num efeito que agrega sentido e profundidade a qualquer discurso, penetrando diretamente no inconsciente humano. Atribuir tamanho peso ao ato de desligar o botão da Tv soa, portanto, no mínimo ingênuo. Melhor para a Globo que alguns desliguem o seu aparelho, pois 89% por cento da população destituída de senso crítico aprimorado (de acordo com o Pnad, apenas 11% dos brasileiros possuem a capacidade de compreensão integral de um texto mais elaborado) continua sendo uma excelente audiência. Mesmo que o pai desligue, os filhos religarão a Tv na primeira oportunidade.Numa entrevista, ao ser indagado sobre a interferência do público na qualidade da informação, o diretor de cinema e Tv, Pedro Paulo, usou de uma franqueza jamais vista entre os profissionais do meio: “O público é passivo, ele aceita o que tem na tela. A qualidade da informação depende de quem produz e apresenta os programas e não de quem os assiste. As grandes emissoras, por exemplo, só medem o comportamento do público por meio de pesquisas do IBOPE, que abrange um universo muito pequeno de telespectadores.É por isso que digo que o público não interfere tanto, quem está atrás das câmeras, sim.”Já o produtor e cineasta Barry Levinson é ainda mais enfático: “Não existe hoje nenhuma outra força que influencie tão poderosamente o comportamento quanto a televisão”, deixando clara a inviabilidade de fixar como solução a mera contraposição por parte da família ou escola.Transferir a responsabilidade à população equivale a dizer que o brasileiro consciente teria que mudar um país inteiro, apenas para manter a Globo em sua confortável posição de “intocável”.

Um monstro chamado “Censura”

A palavra Censura soa como peste aos ouvidos brasileiros, não sem razão. Milhares de brasileiros foram torturados e mortos por se rebelarem diante das restrições políticas e ideológicas impostas pelos militares. Por isso, atualmente, qualquer forma de controle da comunicação no Brasil é recebida com dramáticos apelos das emissoras e veículos da imprensa que a qualifica como um sinal de que a liberdade de expressão voltará a ser censurada, acendendo os faróis vermelhos no inconsciente coletivo da população.A questão, porém, gerou um efeito colateral nocivo: ao se colocar na mesma embalagem a censura à liberdade de expressão, às opiniões políticas e ao conteúdo sexual, perde-se a condição de possibilitar um viés pedagógico para a informação, e coloca o país nas mãos dos empresários da comunicação e do poder econômico. É um outro lado da mesma moeda: O governo não pode impedir a veiculação de opiniões políticas ou conteúdo sexual, mas os donos da emissora o fazem sem qualquer constrangimento ou impedimento legal. Um bom exemplo de como a lei fracassa na tentativa de impor limites está na veiculação das vinhetas que exibem a “Globeleza”, símbolo do carnaval da Globo, em todos os horários, quando a lei determina que nenhum conteúdo com apelo erótico pode ser exibido até às 21 horas.Há restrição para a livre escolha em todos os âmbitos, com leis regulamentando o exercício profissional na maioria das atividades: A construção civil tem que contar com um engenheiro responsável; drogarias só funcionam com um farmacêutico credenciado, e o Direito só pode ser exercido por quem comprovou preparo junto à OAB. Seguindo tal lógica e na ausência absoluta do bom senso dos profissionais que definem a programação, cada novela ou programa exibido deveria ter um pedagogo, um sociólogo e um psicólogo que assinaria e se responsabilizaria pelo conteúdo veiculado, reconhecendo a produção como um integrante da formação do pensamento, comportamento e do caráter humano.Existe, sim, censura no Brasil, mas trata-se da censura ao bom senso, ao produto de qualidade, à opinião daqueles que gostariam que os meios de comunicação respeitassem as etapas do desenvolvimento emocional das crianças e jovens, e ao desejo de que os amplos recursos da TV fossem utilizados para desenvolver a cultura e o potencial dos indivíduos. A TV Globo não se constrange em declarar que o subdesenvolvimento do Brasil é resultante da falta de investimentos na educação. Porém, a educação não é o resultado único das escolas ou ambiente acadêmicos; é também uma produção social. O simples hábito de cultivar o pensamento e a reflexão pode ser definitivo na construção da capacidade de atuar sobre o mundo, compreender e transformar a realidade, inclusive capacitando para o exercício profissional, já que nem todas as profissões estão vinculadas a habilidades de nível superior. A TV poderia funcionar como o grande divisor de águas da história do Brasil, caso direcionasse seus melhores profissionais para produzir programas que ampliasse os conhecimentos gerais, políticos, culturais e de formação de valores. No entanto, criar os “Amigos da Escola” que atuam em encontros esporádicos junto às crianças, enquanto promove um bombardeio ininterrupto no sentido contrário, só pode ser conceituado como atitude hipócrita.

A trajetória de sucesso da Rede Globo

A Rede Globo tem hoje 18 mil trabalhadores em seus quadros e é líder de audiência há quase desde sua fundação, em 1965. O marco desta liderança se deu a partir de um acontecimento trágico: a inundação da cidade do Rio de Janeiro, que foi transmitida em tempo real pela emissora.Durante a ditadura, que fechou a TV Excelsior por se contrapor ao Regime Militar, a Globo se aliou aos poderosos do momento e consolidou-se como grande potência, justamente durante os 20 anos de repressão.Sua ligação com os grandes nomes da política nacional é conhecida e há provas e depoimentos de manipulação de informações para privilegiar determinados grupos. Dificilmente a população pode se dar conta de que seu pensamento é conduzido por uma seleção de informações, mas o relato de jornalistas demitidos na última eleição para presidente, onde a emissora se pautou por uma linha de defesa do candidato Geraldo Alckmin, repete o relato de denúncias de manipulação há décadas, que podem ser conhecidas através do documentário da BBC.A Rede Globo não é a única emissora a veicular conteúdos impróprios, indesejáveis ou inadequados, mas sua liderança histórica faz dela a maior responsável, considerando que criou e explorou o estilo copiado por grande parte dos concorrentes.Chico Buarque declarou em entrevista que o poder da Globo é tão grande que o assusta. Então, cabe a ela decidir os propósitos que nortearão o exercício desse poder, e à população compreender a diferença entre a censura política e a função dos meios de comunicação. Se não há permissão para a exibição de um filme pornô às três da tarde, já está configurada a censura, e não deve haver temor em debater seus limites. O Brasil conquistou a tecnologia para se comunicar. Resta, agora, entender a dimensão do que é dito.
Conheça "O Jornal de Goiás"
 
MITxCHELLLL HISTORIADOR FILOSOFO EXTERMINADOR DO PASSADO E FUTURO DA REDE BOBO.



BBB 8 e Criança Esperança – Como a Globo gera miséria e repassa a conta aos brasileirosCom a liderança da Rede Globo, não há Criança Esperança que dê jeito.
(artigo escrito por Miriam Moraes, publicado no jornal "O Jornal de Goiás")
BBB 8 e Criança Esperança – Como a Globo gera miséria e repassa a conta aos brasileirosCom a liderança da Rede Globo, não há Criança Esperança que dê jeito.
(artigo escrito por Miriam Moraes, publicado no jornal "O Jornal de Goiás")


“Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.” (José Serra, governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência da República)
O brasileiro não tem como saber, mas não há nada de natural no excesso de exploração do conteúdo sexual que ocorre na TV brasileira.O Brasil é visto no exteriorcomo “paraíso sexual”, a gravidez na adolescência atinge números alarmantes, todos os dias nasce um batalhão de crianças que jamais conhecerãoo pai, enquanto a maior potência da comunicação no Brasil investe numa programação que empobrece os brasileiros e aposta no “Criança Esperança” para manter a imagem de empresa com compromisso social.
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São duas horas da tarde e o Vídeo Show apresenta uma discussão sobre a possibilidade de haver distinção entre o sêmen de um peão e o sêmen das diversas categorias masculinas. Logo em seguida, a novela exibida em Vale a Pena Ver de Novo mostra um casal de adolescentes desesperados à procura de um lugar mais reservado para manter relações sexuais. Segundo o garoto, as outras vezes aconteciam no carro ou no mato. Na novela das seis, Florinda, personagem de Grazielli Massafera, conta que sua “caçarola fica fervendo” quando está com o namorado. Na trama das sete, as cenas de sexo são lugar comum. Na novela das 8, que começa às 9, o linguajar chulo, pobremente recheado de intenções medíocres, é intercalado com cenas de sexo implícito. No sábado, Luciano Huck apresenta suas dançarinas despidas em coreografias de gosto e qualidade duvidosas, o que se repete no Domingão do Faustão, aos domingos, dia em que o programa “Fantástico” relata o trabalhoso processo de pintar o corpo nu de uma mulata estonteante ou entrevista garotos que contam quantas pessoas beijou naquela noite, na mesma festa. Pouco depois das 10 horas, o programa Big Brother fecha a noite com uma mulher de costas, quase nua, sendo beijada por um rapaz que lhe apalpa as nádegas sob a micro-saia, e um desfile de mulheres com espuma de barbear sobre os seios deixam os homens da casa embasbacados.Num pobre vilarejo do norte, a menina de 14 anos assiste e tenta desvendar o modo de agir e se comportar dos “modelos humanos” criados pela TV. As mulheres são lindas! Quando saírem dali serão famosas e assediadas, a representação em carne e osso do sucesso. São moças que trocaram o primeiro beijo 24 horas depois de conhecer o rapaz, que revela seu desejo de realizar um “test drive” no paquera, uma expressão que escapa ao entendimento da menina, mas a intenção das palavras, revelada pelo contexto, é claramente captada.A menina se imagina no lugar daquelas mulheres. Os jovens brasileiros sonham com o sucesso e a fama, vêem como se comportam os famosos e mapeiam o comportamento que define a chegada ao pódio.Quando se aproxima de um garoto por quem se interessa, buscará as receitas de sucesso que lhe foram apresentadas. Logo, porém, essa menina descobre que pessoas do mundo real engravidam, que os garotos não querem assumir a responsabilidade da paternidade e que a pobreza dividida com filhos transmuta-se em miséria.Aos 18 anos poderá ter três crianças, cada uma de pai diferente, todos vivendo em condições sub-humanas.Surge, então, o programa “Criança Esperança” que consiste numa campanha realizada anualmente pela Rede Globo. Nos intervalos das programações que banalizam o sexo, atores populares aparecem na tela solicitando contribuições financeiras para remediar a miséria das crianças que nasceram das receitas de comportamento produzidas pela própria Globo. Operam a comunicação como um produto comercial; contabilizam para si os lucros e constroem uma imagem de preocupação com “o social” através das doações financeiras dos brasileiros.O conjunto de valores se materializa na realidade de vida de um povo e a comunicação é um elemento primordial na formação dos valores sociais. No entanto, há uma corrente vigente que rotula de retrógrado e arcaico qualquer pensamentoque se contraponha à idéia de que o ideal para o ser humano seja o conceito de progresso e modernidade associado à liberalidade e permissividade. Diante do preconceito, do receio de ser tomado por um tolo conservador, a maioria se cala e se omite, facilitando a ação dos que apregoam uma sociedade sem limites.

A sensualidade “natural”

O atual governador de São Paulo e ex-candidato a Presidente do Brasil declarouem uma entrevista: “Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.”O Brasileiro, sem a referencia de outros países, acostumou-se ao padrão veiculado e considera normal o volume de conteúdos com conotação sexual exibido na programação televisiva. No entanto, quem tem a oportunidade de viajar para outros países chega a se espantar com a diferença, não apenas da programação como dos costumes e comportamento do povo, especialmente do europeu. Foi de lá que Sílvio Santos importou o formato do Show do Milhão, programa de perguntas e respostas que oferece prêmios aos vencedores. A diferença está no nível das perguntas. Versam sobre história mundial, geografia e informações culturais de alto nível, nada a ver com os questionamentos primários da versão brasileira. Evidentemente, há também programas com o formato BBB e deve haver os de conteúdo menos apropriado, mas é preciso procurá-los para que sejam encontrados, pois não há mulheres nuas ou referências sexuais na programação normal.Um bom exemplo é o depoimento de Cristina Amaro Neves, que deixou o Brasil aos 11 anos, foi criada na Suécia, viajou pelo mundo todo e retornou ao Brasil para uma visita em novembro do ano passado. Agora, aos 29 anos de idade, Cristina se revela surpresa com o comportamentodos brasileiros:“Uma das coisas que mais me chocou no Brasil é a naturalidade com a qual se encara a promiscuidade sexual. Na minha cidade, a gente sai com um homem três meses antes que ele tenha a coragem de te dar um beijo. No Brasil bastam três minutos de conversa. Em todas as grandes cidades do mundo, esse é um comportamento isolado, de alguns grupos que são mal vistos pela grande massa, mas aqui é generalizado, socialmente aceito. Achei deprimente, tive a sensação de entrar numa tribo indígena.”De fato, caminhando pelas ruas de Portugal, Espanha, França e outros países europeus, mesmo no auge do verão onde as temperaturas reproduzem o clima tropical, nota-se uma gigantesca diferença no modo como as pessoas se vestem. Não há o exibicionismo, a exposição do corpo, a barriguinha de fora ou a preocupação acentuada com o vestuário, como acontece no Brasil.Recentemente, o Globo Repórter, da própria Rede Globo, dedicou seu programa a investigar os motivos que levaram o Brasil a ser visto lá fora como “um paraíso sexual”. Entrevistaram diversos turistas e revelaram a predominância de quem vem atraído pela grande liberdade para a prática da pedofilia e de relacionamentos instantâneos entre os adultos hetero ou homossexuais.- “O que mais eu poderia procurar no Brasil? Cultura?” - pergunta ironicamente um turista americano.

O sexo casual na formação do indivíduo

O corpo humano possui a capacidade de responder aos estímulos sexuais desde o nascimento – um conceito difundido por Freud e por pesquisadores contemporâneos em todo o mundo. A sexualidade, por ser latente, pode ser despertada até mesmo através de simples estímulos visuais, sonoros e da imaginação.Há uma confusão pautada na irreflexão e falta de preparo de quem define a linha de programação nas emissoras que banalizam as questões sexuais. Tais pessoas desconhecem que, mesmo que um adolescente, aos 14 anos de idade, saiba como colocar uma camisinha em uma banana, a formação psicológica não se encontra suficientemente amadurecida para estabelecer relações entre ações e conseqüências, implicando na ausência da responsabilidade necessária para a prevenção adequada.O ingresso no exercício da sexualidade envolve questões como auto-respeito, afetividade e auto-estima. Dependendo de como o relacionamento acontece e se desdobra,pode resultar num comportamento promíscuo onde se tenta, a todo custo, reverter a rejeição e inadequação resultantes das primeiras experiências, ou conduzir o adolescente a uma interminável crise de apatia e descrédito que se amplia para todos os setores da vida que deveria estar em construção, cujos valores como aceitação e rejeição, valoração ou descrédito, implicam na condição emocional para se situar e perseguir objetivos e sonhos.Uma ampla análise da influência da Globo sobre o comportamento dos brasileiros foi realizado pela BBC de Londres, através do documentário “Muito além do cidadão Kane”, disponível na Internet. Nele, os repórteres entrevistam moradores de casebres miseráveis onde adultos e crianças evidenciam o fascínio que as novelas, em primeiro lugar, exercem sobre crianças e adultos, na mesma proporção. O BBB foi criado para ser um programa de família, utilizando desenhos animados divertidos que atrai o público infantil. Teoricamente, ali estão reunidas pessoas do povo, é um programa que tem como objetivo a análise comportamental, mas todos os “modelos oferecidos” são basicamente iguais. A dinâmica da tensão criada nas eliminatórias e as intrigas dos bastidores são cuidadosamente planejadas para manter toda a família diante da Tv.A realidade do Brasil é apontada pela educadora Regina de Assis da seguinteforma: “Se você visitar favelas e periferias das cidades, se for para o campo, para a zona rural, poderá não encontrar uma geladeira, uma cama para cada pessoa, um fogão, mas ao entrar nas casas, nos barracos, uma televisão jamais faltará.” Portanto, a televisão é o único meio de comunicação que atinge as massas e é apontado como aquele que conta com maior credibilidade. Graças à força que possui as imagens transmitidas, o expectador não tem como saber o que foi omitido da informação, não consegue capturar racionalmente o efeito que uma trilha sonora agrega ao material. “Dependendo da trilha sonora colocada sobre as imagens de um grupo de jovens embriagados, levando garrafas à boca com movimentos confusos e mulheres sendo apalpadas por mãos diversas, poderíamos receber a cena como um retrato deprimente da degradação humana. Mas quando a Globo escolhe um grande sucesso dos Rolling Stones, uma música envolvente, divertida, cosmopolita, a imagem ganha ares de uma grande diversão de pessoas modernas e antenadas. É esse o tipo de comunicação realizada pela equipe do Big Brother.”No programa, há diversos recursos preparados para se obter determinados efeitos: a piscina, onde os participantes passam a maior parte do dia e são realizadas diversas tomadas, inclusive das festas, obtém uma exposição de mulheres de biquíni e homens com peitorais à mostra, motivo pelo qual a seleção não é aleatória, mas definida pela estética dos candidatos. As mulheres do BBB 8 são naturalmente liberais, em sua grande maioria, já posarampara sessões de fotos em revistas eróticas, propiciando espontaneamente, as cenas desejadas para atrair a audiência.O Brasil sempre foi um país pobre, mas a televisão chegou num momento em que não havia opções de lazer, tornando-se um grande fenômeno de popularidade.A TV Globo definiu sua linha de ação ainda muito cedo. O programa do Chacrinha, que animava as tardes de domingo, trazia mulheres em trajes sumários, algo muito novo para a época, que rebolavam em coreografias ultra sensuais, algo que a maioria da população do interior, norte e nordeste do Brasil, nem suspeitava existir. Para um povo pouco afeito à leitura, as tramas eram um atrativo irresistível, e o padrão do que era bonito e atraente foi acrescentado ao pacote como um brinde especial.A TV produz modelos a todo instante.Na década de 70, o executivo mais bem pago de toda a América Latina era Walter Clark, diretor geral da Rede Globo.O Brasil tem 70% de sua população adulta situada entre os semi-analfabetos ou analfabetos absolutos. Como um pai ou mãe, situados neste limite intelectual, poderia concorrer ideologicamente com um profissional tão bem preparado, com recursos de ponta em defesa de sua tese? Esperar que a opinião dos pais pudesse produzir um efeito maior que todo um contexto propagado por um veículo de massa, é desconsiderar a subjetividade do adolescente, que comprovadamente é mais aberto ao que vem de fora, no período áureo de contestação, do que ao ponto de vista dos pais, que considera ultrapassado.“A TV é a mídia mais superficial de todas. Ela irá mudar quando tivermos um espectador mais crítico e exigente e quando a baixaria deixar de ser tolerada por quem faz TV. O espectador tem um poder ainda não totalmente exercido: o de mudar de canal.” Esta declaração do apresentador Serginho Groisman, contratado da Rede Globo, reproduz o discurso daqueles que pretendem inocentar a emissora. Não é verdade que a TV seja superficial, ao contrário.A utilização de luzes, sons e cores, resulta num efeito que agrega sentido e profundidade a qualquer discurso, penetrando diretamente no inconsciente humano. Atribuir tamanho peso ao ato de desligar o botão da Tv soa, portanto, no mínimo ingênuo. Melhor para a Globo que alguns desliguem o seu aparelho, pois 89% por cento da população destituída de senso crítico aprimorado (de acordo com o Pnad, apenas 11% dos brasileiros possuem a capacidade de compreensão integral de um texto mais elaborado) continua sendo uma excelente audiência. Mesmo que o pai desligue, os filhos religarão a Tv na primeira oportunidade.Numa entrevista, ao ser indagado sobre a interferência do público na qualidade da informação, o diretor de cinema e Tv, Pedro Paulo, usou de uma franqueza jamais vista entre os profissionais do meio: “O público é passivo, ele aceita o que tem na tela. A qualidade da informação depende de quem produz e apresenta os programas e não de quem os assiste. As grandes emissoras, por exemplo, só medem o comportamento do público por meio de pesquisas do IBOPE, que abrange um universo muito pequeno de telespectadores.É por isso que digo que o público não interfere tanto, quem está atrás das câmeras, sim.”Já o produtor e cineasta Barry Levinson é ainda mais enfático: “Não existe hoje nenhuma outra força que influencie tão poderosamente o comportamento quanto a televisão”, deixando clara a inviabilidade de fixar como solução a mera contraposição por parte da família ou escola.Transferir a responsabilidade à população equivale a dizer que o brasileiro consciente teria que mudar um país inteiro, apenas para manter a Globo em sua confortável posição de “intocável”.

Um monstro chamado “Censura”

A palavra Censura soa como peste aos ouvidos brasileiros, não sem razão. Milhares de brasileiros foram torturados e mortos por se rebelarem diante das restrições políticas e ideológicas impostas pelos militares. Por isso, atualmente, qualquer forma de controle da comunicação no Brasil é recebida com dramáticos apelos das emissoras e veículos da imprensa que a qualifica como um sinal de que a liberdade de expressão voltará a ser censurada, acendendo os faróis vermelhos no inconsciente coletivo da população.A questão, porém, gerou um efeito colateral nocivo: ao se colocar na mesma embalagem a censura à liberdade de expressão, às opiniões políticas e ao conteúdo sexual, perde-se a condição de possibilitar um viés pedagógico para a informação, e coloca o país nas mãos dos empresários da comunicação e do poder econômico. É um outro lado da mesma moeda: O governo não pode impedir a veiculação de opiniões políticas ou conteúdo sexual, mas os donos da emissora o fazem sem qualquer constrangimento ou impedimento legal. Um bom exemplo de como a lei fracassa na tentativa de impor limites está na veiculação das vinhetas que exibem a “Globeleza”, símbolo do carnaval da Globo, em todos os horários, quando a lei determina que nenhum conteúdo com apelo erótico pode ser exibido até às 21 horas.Há restrição para a livre escolha em todos os âmbitos, com leis regulamentando o exercício profissional na maioria das atividades: A construção civil tem que contar com um engenheiro responsável; drogarias só funcionam com um farmacêutico credenciado, e o Direito só pode ser exercido por quem comprovou preparo junto à OAB. Seguindo tal lógica e na ausência absoluta do bom senso dos profissionais que definem a programação, cada novela ou programa exibido deveria ter um pedagogo, um sociólogo e um psicólogo que assinaria e se responsabilizaria pelo conteúdo veiculado, reconhecendo a produção como um integrante da formação do pensamento, comportamento e do caráter humano.Existe, sim, censura no Brasil, mas trata-se da censura ao bom senso, ao produto de qualidade, à opinião daqueles que gostariam que os meios de comunicação respeitassem as etapas do desenvolvimento emocional das crianças e jovens, e ao desejo de que os amplos recursos da TV fossem utilizados para desenvolver a cultura e o potencial dos indivíduos. A TV Globo não se constrange em declarar que o subdesenvolvimento do Brasil é resultante da falta de investimentos na educação. Porém, a educação não é o resultado único das escolas ou ambiente acadêmicos; é também uma produção social. O simples hábito de cultivar o pensamento e a reflexão pode ser definitivo na construção da capacidade de atuar sobre o mundo, compreender e transformar a realidade, inclusive capacitando para o exercício profissional, já que nem todas as profissões estão vinculadas a habilidades de nível superior. A TV poderia funcionar como o grande divisor de águas da história do Brasil, caso direcionasse seus melhores profissionais para produzir programas que ampliasse os conhecimentos gerais, políticos, culturais e de formação de valores. No entanto, criar os “Amigos da Escola” que atuam em encontros esporádicos junto às crianças, enquanto promove um bombardeio ininterrupto no sentido contrário, só pode ser conceituado como atitude hipócrita.

A trajetória de sucesso da Rede Globo

A Rede Globo tem hoje 18 mil trabalhadores em seus quadros e é líder de audiência há quase desde sua fundação, em 1965. O marco desta liderança se deu a partir de um acontecimento trágico: a inundação da cidade do Rio de Janeiro, que foi transmitida em tempo real pela emissora.Durante a ditadura, que fechou a TV Excelsior por se contrapor ao Regime Militar, a Globo se aliou aos poderosos do momento e consolidou-se como grande potência, justamente durante os 20 anos de repressão.Sua ligação com os grandes nomes da política nacional é conhecida e há provas e depoimentos de manipulação de informações para privilegiar determinados grupos. Dificilmente a população pode se dar conta de que seu pensamento é conduzido por uma seleção de informações, mas o relato de jornalistas demitidos na última eleição para presidente, onde a emissora se pautou por uma linha de defesa do candidato Geraldo Alckmin, repete o relato de denúncias de manipulação há décadas, que podem ser conhecidas através do documentário da BBC.A Rede Globo não é a única emissora a veicular conteúdos impróprios, indesejáveis ou inadequados, mas sua liderança histórica faz dela a maior responsável, considerando que criou e explorou o estilo copiado por grande parte dos concorrentes.Chico Buarque declarou em entrevista que o poder da Globo é tão grande que o assusta. Então, cabe a ela decidir os propósitos que nortearão o exercício desse poder, e à população compreender a diferença entre a censura política e a função dos meios de comunicação. Se não há permissão para a exibição de um filme pornô às três da tarde, já está configurada a censura, e não deve haver temor em debater seus limites. O Brasil conquistou a tecnologia para se comunicar. Resta, agora, entender a dimensão do que é dito.
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“Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.” (José Serra, governador de São Paulo e ex-candidato à Presidência da República)
O brasileiro não tem como saber, mas não há nada de natural no excesso de exploração do conteúdo sexual que ocorre na TV brasileira.O Brasil é visto no exteriorcomo “paraíso sexual”, a gravidez na adolescência atinge números alarmantes, todos os dias nasce um batalhão de crianças que jamais conhecerãoo pai, enquanto a maior potência da comunicação no Brasil investe numa programação que empobrece os brasileiros e aposta no “Criança Esperança” para manter a imagem de empresa com compromisso social.
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São duas horas da tarde e o Vídeo Show apresenta uma discussão sobre a possibilidade de haver distinção entre o sêmen de um peão e o sêmen das diversas categorias masculinas. Logo em seguida, a novela exibida em Vale a Pena Ver de Novo mostra um casal de adolescentes desesperados à procura de um lugar mais reservado para manter relações sexuais. Segundo o garoto, as outras vezes aconteciam no carro ou no mato. Na novela das seis, Florinda, personagem de Grazielli Massafera, conta que sua “caçarola fica fervendo” quando está com o namorado. Na trama das sete, as cenas de sexo são lugar comum. Na novela das 8, que começa às 9, o linguajar chulo, pobremente recheado de intenções medíocres, é intercalado com cenas de sexo implícito. No sábado, Luciano Huck apresenta suas dançarinas despidas em coreografias de gosto e qualidade duvidosas, o que se repete no Domingão do Faustão, aos domingos, dia em que o programa “Fantástico” relata o trabalhoso processo de pintar o corpo nu de uma mulata estonteante ou entrevista garotos que contam quantas pessoas beijou naquela noite, na mesma festa. Pouco depois das 10 horas, o programa Big Brother fecha a noite com uma mulher de costas, quase nua, sendo beijada por um rapaz que lhe apalpa as nádegas sob a micro-saia, e um desfile de mulheres com espuma de barbear sobre os seios deixam os homens da casa embasbacados.Num pobre vilarejo do norte, a menina de 14 anos assiste e tenta desvendar o modo de agir e se comportar dos “modelos humanos” criados pela TV. As mulheres são lindas! Quando saírem dali serão famosas e assediadas, a representação em carne e osso do sucesso. São moças que trocaram o primeiro beijo 24 horas depois de conhecer o rapaz, que revela seu desejo de realizar um “test drive” no paquera, uma expressão que escapa ao entendimento da menina, mas a intenção das palavras, revelada pelo contexto, é claramente captada.A menina se imagina no lugar daquelas mulheres. Os jovens brasileiros sonham com o sucesso e a fama, vêem como se comportam os famosos e mapeiam o comportamento que define a chegada ao pódio.Quando se aproxima de um garoto por quem se interessa, buscará as receitas de sucesso que lhe foram apresentadas. Logo, porém, essa menina descobre que pessoas do mundo real engravidam, que os garotos não querem assumir a responsabilidade da paternidade e que a pobreza dividida com filhos transmuta-se em miséria.Aos 18 anos poderá ter três crianças, cada uma de pai diferente, todos vivendo em condições sub-humanas.Surge, então, o programa “Criança Esperança” que consiste numa campanha realizada anualmente pela Rede Globo. Nos intervalos das programações que banalizam o sexo, atores populares aparecem na tela solicitando contribuições financeiras para remediar a miséria das crianças que nasceram das receitas de comportamento produzidas pela própria Globo. Operam a comunicação como um produto comercial; contabilizam para si os lucros e constroem uma imagem de preocupação com “o social” através das doações financeiras dos brasileiros.O conjunto de valores se materializa na realidade de vida de um povo e a comunicação é um elemento primordial na formação dos valores sociais. No entanto, há uma corrente vigente que rotula de retrógrado e arcaico qualquer pensamentoque se contraponha à idéia de que o ideal para o ser humano seja o conceito de progresso e modernidade associado à liberalidade e permissividade. Diante do preconceito, do receio de ser tomado por um tolo conservador, a maioria se cala e se omite, facilitando a ação dos que apregoam uma sociedade sem limites.

A sensualidade “natural”

O atual governador de São Paulo e ex-candidato a Presidente do Brasil declarouem uma entrevista: “Eu não conheço nenhum outro país do mundo que estimule tanto o sexo pela televisão como aqui.”O Brasileiro, sem a referencia de outros países, acostumou-se ao padrão veiculado e considera normal o volume de conteúdos com conotação sexual exibido na programação televisiva. No entanto, quem tem a oportunidade de viajar para outros países chega a se espantar com a diferença, não apenas da programação como dos costumes e comportamento do povo, especialmente do europeu. Foi de lá que Sílvio Santos importou o formato do Show do Milhão, programa de perguntas e respostas que oferece prêmios aos vencedores. A diferença está no nível das perguntas. Versam sobre história mundial, geografia e informações culturais de alto nível, nada a ver com os questionamentos primários da versão brasileira. Evidentemente, há também programas com o formato BBB e deve haver os de conteúdo menos apropriado, mas é preciso procurá-los para que sejam encontrados, pois não há mulheres nuas ou referências sexuais na programação normal.Um bom exemplo é o depoimento de Cristina Amaro Neves, que deixou o Brasil aos 11 anos, foi criada na Suécia, viajou pelo mundo todo e retornou ao Brasil para uma visita em novembro do ano passado. Agora, aos 29 anos de idade, Cristina se revela surpresa com o comportamentodos brasileiros:“Uma das coisas que mais me chocou no Brasil é a naturalidade com a qual se encara a promiscuidade sexual. Na minha cidade, a gente sai com um homem três meses antes que ele tenha a coragem de te dar um beijo. No Brasil bastam três minutos de conversa. Em todas as grandes cidades do mundo, esse é um comportamento isolado, de alguns grupos que são mal vistos pela grande massa, mas aqui é generalizado, socialmente aceito. Achei deprimente, tive a sensação de entrar numa tribo indígena.”De fato, caminhando pelas ruas de Portugal, Espanha, França e outros países europeus, mesmo no auge do verão onde as temperaturas reproduzem o clima tropical, nota-se uma gigantesca diferença no modo como as pessoas se vestem. Não há o exibicionismo, a exposição do corpo, a barriguinha de fora ou a preocupação acentuada com o vestuário, como acontece no Brasil.Recentemente, o Globo Repórter, da própria Rede Globo, dedicou seu programa a investigar os motivos que levaram o Brasil a ser visto lá fora como “um paraíso sexual”. Entrevistaram diversos turistas e revelaram a predominância de quem vem atraído pela grande liberdade para a prática da pedofilia e de relacionamentos instantâneos entre os adultos hetero ou homossexuais.- “O que mais eu poderia procurar no Brasil? Cultura?” - pergunta ironicamente um turista americano.

O sexo casual na formação do indivíduo

O corpo humano possui a capacidade de responder aos estímulos sexuais desde o nascimento – um conceito difundido por Freud e por pesquisadores contemporâneos em todo o mundo. A sexualidade, por ser latente, pode ser despertada até mesmo através de simples estímulos visuais, sonoros e da imaginação.Há uma confusão pautada na irreflexão e falta de preparo de quem define a linha de programação nas emissoras que banalizam as questões sexuais. Tais pessoas desconhecem que, mesmo que um adolescente, aos 14 anos de idade, saiba como colocar uma camisinha em uma banana, a formação psicológica não se encontra suficientemente amadurecida para estabelecer relações entre ações e conseqüências, implicando na ausência da responsabilidade necessária para a prevenção adequada.O ingresso no exercício da sexualidade envolve questões como auto-respeito, afetividade e auto-estima. Dependendo de como o relacionamento acontece e se desdobra,pode resultar num comportamento promíscuo onde se tenta, a todo custo, reverter a rejeição e inadequação resultantes das primeiras experiências, ou conduzir o adolescente a uma interminável crise de apatia e descrédito que se amplia para todos os setores da vida que deveria estar em construção, cujos valores como aceitação e rejeição, valoração ou descrédito, implicam na condição emocional para se situar e perseguir objetivos e sonhos.Uma ampla análise da influência da Globo sobre o comportamento dos brasileiros foi realizado pela BBC de Londres, através do documentário “Muito além do cidadão Kane”, disponível na Internet. Nele, os repórteres entrevistam moradores de casebres miseráveis onde adultos e crianças evidenciam o fascínio que as novelas, em primeiro lugar, exercem sobre crianças e adultos, na mesma proporção. O BBB foi criado para ser um programa de família, utilizando desenhos animados divertidos que atrai o público infantil. Teoricamente, ali estão reunidas pessoas do povo, é um programa que tem como objetivo a análise comportamental, mas todos os “modelos oferecidos” são basicamente iguais. A dinâmica da tensão criada nas eliminatórias e as intrigas dos bastidores são cuidadosamente planejadas para manter toda a família diante da Tv.A realidade do Brasil é apontada pela educadora Regina de Assis da seguinteforma: “Se você visitar favelas e periferias das cidades, se for para o campo, para a zona rural, poderá não encontrar uma geladeira, uma cama para cada pessoa, um fogão, mas ao entrar nas casas, nos barracos, uma televisão jamais faltará.” Portanto, a televisão é o único meio de comunicação que atinge as massas e é apontado como aquele que conta com maior credibilidade. Graças à força que possui as imagens transmitidas, o expectador não tem como saber o que foi omitido da informação, não consegue capturar racionalmente o efeito que uma trilha sonora agrega ao material. “Dependendo da trilha sonora colocada sobre as imagens de um grupo de jovens embriagados, levando garrafas à boca com movimentos confusos e mulheres sendo apalpadas por mãos diversas, poderíamos receber a cena como um retrato deprimente da degradação humana. Mas quando a Globo escolhe um grande sucesso dos Rolling Stones, uma música envolvente, divertida, cosmopolita, a imagem ganha ares de uma grande diversão de pessoas modernas e antenadas. É esse o tipo de comunicação realizada pela equipe do Big Brother.”No programa, há diversos recursos preparados para se obter determinados efeitos: a piscina, onde os participantes passam a maior parte do dia e são realizadas diversas tomadas, inclusive das festas, obtém uma exposição de mulheres de biquíni e homens com peitorais à mostra, motivo pelo qual a seleção não é aleatória, mas definida pela estética dos candidatos. As mulheres do BBB 8 são naturalmente liberais, em sua grande maioria, já posarampara sessões de fotos em revistas eróticas, propiciando espontaneamente, as cenas desejadas para atrair a audiência.O Brasil sempre foi um país pobre, mas a televisão chegou num momento em que não havia opções de lazer, tornando-se um grande fenômeno de popularidade.A TV Globo definiu sua linha de ação ainda muito cedo. O programa do Chacrinha, que animava as tardes de domingo, trazia mulheres em trajes sumários, algo muito novo para a época, que rebolavam em coreografias ultra sensuais, algo que a maioria da população do interior, norte e nordeste do Brasil, nem suspeitava existir. Para um povo pouco afeito à leitura, as tramas eram um atrativo irresistível, e o padrão do que era bonito e atraente foi acrescentado ao pacote como um brinde especial.A TV produz modelos a todo instante.Na década de 70, o executivo mais bem pago de toda a América Latina era Walter Clark, diretor geral da Rede Globo.O Brasil tem 70% de sua população adulta situada entre os semi-analfabetos ou analfabetos absolutos. Como um pai ou mãe, situados neste limite intelectual, poderia concorrer ideologicamente com um profissional tão bem preparado, com recursos de ponta em defesa de sua tese? Esperar que a opinião dos pais pudesse produzir um efeito maior que todo um contexto propagado por um veículo de massa, é desconsiderar a subjetividade do adolescente, que comprovadamente é mais aberto ao que vem de fora, no período áureo de contestação, do que ao ponto de vista dos pais, que considera ultrapassado.“A TV é a mídia mais superficial de todas. Ela irá mudar quando tivermos um espectador mais crítico e exigente e quando a baixaria deixar de ser tolerada por quem faz TV. O espectador tem um poder ainda não totalmente exercido: o de mudar de canal.” Esta declaração do apresentador Serginho Groisman, contratado da Rede Globo, reproduz o discurso daqueles que pretendem inocentar a emissora. Não é verdade que a TV seja superficial, ao contrário.A utilização de luzes, sons e cores, resulta num efeito que agrega sentido e profundidade a qualquer discurso, penetrando diretamente no inconsciente humano. Atribuir tamanho peso ao ato de desligar o botão da Tv soa, portanto, no mínimo ingênuo. Melhor para a Globo que alguns desliguem o seu aparelho, pois 89% por cento da população destituída de senso crítico aprimorado (de acordo com o Pnad, apenas 11% dos brasileiros possuem a capacidade de compreensão integral de um texto mais elaborado) continua sendo uma excelente audiência. Mesmo que o pai desligue, os filhos religarão a Tv na primeira oportunidade.Numa entrevista, ao ser indagado sobre a interferência do público na qualidade da informação, o diretor de cinema e Tv, Pedro Paulo, usou de uma franqueza jamais vista entre os profissionais do meio: “O público é passivo, ele aceita o que tem na tela. A qualidade da informação depende de quem produz e apresenta os programas e não de quem os assiste. As grandes emissoras, por exemplo, só medem o comportamento do público por meio de pesquisas do IBOPE, que abrange um universo muito pequeno de telespectadores.É por isso que digo que o público não interfere tanto, quem está atrás das câmeras, sim.”Já o produtor e cineasta Barry Levinson é ainda mais enfático: “Não existe hoje nenhuma outra força que influencie tão poderosamente o comportamento quanto a televisão”, deixando clara a inviabilidade de fixar como solução a mera contraposição por parte da família ou escola.Transferir a responsabilidade à população equivale a dizer que o brasileiro consciente teria que mudar um país inteiro, apenas para manter a Globo em sua confortável posição de “intocável”.

Um monstro chamado “Censura”

A palavra Censura soa como peste aos ouvidos brasileiros, não sem razão. Milhares de brasileiros foram torturados e mortos por se rebelarem diante das restrições políticas e ideológicas impostas pelos militares. Por isso, atualmente, qualquer forma de controle da comunicação no Brasil é recebida com dramáticos apelos das emissoras e veículos da imprensa que a qualifica como um sinal de que a liberdade de expressão voltará a ser censurada, acendendo os faróis vermelhos no inconsciente coletivo da população.A questão, porém, gerou um efeito colateral nocivo: ao se colocar na mesma embalagem a censura à liberdade de expressão, às opiniões políticas e ao conteúdo sexual, perde-se a condição de possibilitar um viés pedagógico para a informação, e coloca o país nas mãos dos empresários da comunicação e do poder econômico. É um outro lado da mesma moeda: O governo não pode impedir a veiculação de opiniões políticas ou conteúdo sexual, mas os donos da emissora o fazem sem qualquer constrangimento ou impedimento legal. Um bom exemplo de como a lei fracassa na tentativa de impor limites está na veiculação das vinhetas que exibem a “Globeleza”, símbolo do carnaval da Globo, em todos os horários, quando a lei determina que nenhum conteúdo com apelo erótico pode ser exibido até às 21 horas.Há restrição para a livre escolha em todos os âmbitos, com leis regulamentando o exercício profissional na maioria das atividades: A construção civil tem que contar com um engenheiro responsável; drogarias só funcionam com um farmacêutico credenciado, e o Direito só pode ser exercido por quem comprovou preparo junto à OAB. Seguindo tal lógica e na ausência absoluta do bom senso dos profissionais que definem a programação, cada novela ou programa exibido deveria ter um pedagogo, um sociólogo e um psicólogo que assinaria e se responsabilizaria pelo conteúdo veiculado, reconhecendo a produção como um integrante da formação do pensamento, comportamento e do caráter humano.Existe, sim, censura no Brasil, mas trata-se da censura ao bom senso, ao produto de qualidade, à opinião daqueles que gostariam que os meios de comunicação respeitassem as etapas do desenvolvimento emocional das crianças e jovens, e ao desejo de que os amplos recursos da TV fossem utilizados para desenvolver a cultura e o potencial dos indivíduos. A TV Globo não se constrange em declarar que o subdesenvolvimento do Brasil é resultante da falta de investimentos na educação. Porém, a educação não é o resultado único das escolas ou ambiente acadêmicos; é também uma produção social. O simples hábito de cultivar o pensamento e a reflexão pode ser definitivo na construção da capacidade de atuar sobre o mundo, compreender e transformar a realidade, inclusive capacitando para o exercício profissional, já que nem todas as profissões estão vinculadas a habilidades de nível superior. A TV poderia funcionar como o grande divisor de águas da história do Brasil, caso direcionasse seus melhores profissionais para produzir programas que ampliasse os conhecimentos gerais, políticos, culturais e de formação de valores. No entanto, criar os “Amigos da Escola” que atuam em encontros esporádicos junto às crianças, enquanto promove um bombardeio ininterrupto no sentido contrário, só pode ser conceituado como atitude hipócrita.

A trajetória de sucesso da Rede Globo

A Rede Globo tem hoje 18 mil trabalhadores em seus quadros e é líder de audiência há quase desde sua fundação, em 1965. O marco desta liderança se deu a partir de um acontecimento trágico: a inundação da cidade do Rio de Janeiro, que foi transmitida em tempo real pela emissora.Durante a ditadura, que fechou a TV Excelsior por se contrapor ao Regime Militar, a Globo se aliou aos poderosos do momento e consolidou-se como grande potência, justamente durante os 20 anos de repressão.Sua ligação com os grandes nomes da política nacional é conhecida e há provas e depoimentos de manipulação de informações para privilegiar determinados grupos. Dificilmente a população pode se dar conta de que seu pensamento é conduzido por uma seleção de informações, mas o relato de jornalistas demitidos na última eleição para presidente, onde a emissora se pautou por uma linha de defesa do candidato Geraldo Alckmin, repete o relato de denúncias de manipulação há décadas, que podem ser conhecidas através do documentário da BBC.A Rede Globo não é a única emissora a veicular conteúdos impróprios, indesejáveis ou inadequados, mas sua liderança histórica faz dela a maior responsável, considerando que criou e explorou o estilo copiado por grande parte dos concorrentes.Chico Buarque declarou em entrevista que o poder da Globo é tão grande que o assusta. Então, cabe a ela decidir os propósitos que nortearão o exercício desse poder, e à população compreender a diferença entre a censura política e a função dos meios de comunicação. Se não há permissão para a exibição de um filme pornô às três da tarde, já está configurada a censura, e não deve haver temor em debater seus limites. O Brasil conquistou a tecnologia para se comunicar. Resta, agora, entender a dimensão do que é dito.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Muro de Berlim caiu. O da Cisjordânia caiará quando?



Enquanto a mídia se esforça para demonizar o socialismo nestes 50 anos da construção do Muro de Berlim, um outro muro passa incólume. Trata-se do muro ilegal que foi construído por Israel, há 11 anos, para isolar o território invadido pelo país na Palestina. Se o muro de Berlim foi um símbolo da crueldade da Guerra Fria, o chamado “Muro do Apartheid” é um símbolo do terror sionista.


Sete anos após a Corte Internacional de Justiça (CIJ) concluir que a construção, por Israel, de uma barreira no território invadido na Palestina era ilegal, um novo relatório das Nações Unidas reafirma a ilegalidade e pede que parte do muro seja derrubado.


“Só então as comunidades palestinas cortadas pela barreira poderão ser capazes de exercer os seus direitos à liberdade de locomoção, trabalho, saúde, educação e desfrutar de um padrão de vida adequado”, afirma o relatório “Situação humanitária na Faixa de Gaza“.

Os palestinos são forçados a atravessar portões, abertos apenas em horários específicos, para acessar aos serviços de educação e saúde, ou mesmo para fazer suas compras. Membros de uma mesma família divididos pela barreira precisam pedir autorização para entrar em Jerusalém e fazer uma visita.

O relatório também destaca o impacto da barreira entre os agricultores palestinos. Muitos só podem acessar suas terras com licenças emitidas por Israel. “Esta política tem devastado a subsistência agrícola em toda a Cisjordânia”, afirma o documento.

Ao longo dos últimos cinco anos, o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) tem publicado relatórios sobre os prejuízos da barreira no aniversário do parecer consultivo da CIJ, comemorado na última segunda-feira (11/07).

O pior é que o Muro da Aparthaid não é o único. Agora Israel está construindo uma cerca imensa nas Colinas de Golã em território invadido da Síria:

Fonte: da redação, com informações de sanaud-voltaremos.blogspot


Que caiam por terra todos os muros de vergonha do mundo!
MITxCHELLL HISTORIADOR FILOSOFO
 DIRETO DE OSLO

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tampem o nariz que vai feder...


MITxCHELLL HISTÓRIADOR FILOSOFO
Globo ataca Teixeira depois de perder horário do Brasileirão

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a matéria exibida pelo Jornal Nacional no último sábado (13) não foi bem recebida por Ricardo Teixeira. Para a CBF, a denúncia contra o todo poderoso representante da Fifa no Brasil foi motivada pelo fim dos jogos de sábado, às 21 horas – recém anunciado pela falta de público tanto na Série A como na Série B. O horário era um pedido da própria Globo à CBF.




O Jornal da Record também exibiu uma reportagem de oito minutos sobre as investigações em torno de Teixeira. O Ministério Público pode solicitar à CBF a devolução dos R$ 9 milhões, que foram pagos pelo Governo do DF, na época, para que o amistoso fosse realizado na Arena Bezerrão, no Gama. Abaixo segue um resumo da reportagem da Record.


A grande questão é que o valor foi pago a empresa Ailanto Marketing, que havia sido criada cerca de um mês antes e não tinha nem telefone. Segundo consta, seu patrimônio era avaliado em apenas R$ 800, sendo que uma de suas acionista, de nome Vanessa Almeida Precht, que teria participação de apenas R$ 1,00 na empresa.

As investigaçõesda Polícia Federal, no entanto, teriam apontado que a Ailanto não gastou um centavo dos R$ 9 milhões para organizar o amistoso. Na verdade, quem teria custeado o evento foi a Federação Brasiliense de Futebol (FBF), o que também deixa em maus lençóis o ex-governador José Roberto Arruda, que foi afastado do cargo, após ser pivô de um escândalo de corrupção no "mensalão do DEM".

R$ 9 milhões desviados

As investigações apontam na possibilidade dos R$ 9 milhões terem sido desviados para contas de “terceiros”, entre eles Ricardo Teixeira. Isso porque dirigente arrendou, segundo a reportagem da Record, algumas de suas terras à acionista da Ailanto, Vanessa Almeida Precht, sendo que a mesma trabalha com moda e não com agropecuária ou agricultura.

As imagens mostraram claramente que as terras não são utilizadas para plantações ou criação de gado. Além disso, moradores das propriedades afirmam desconhecer a tal “Dona Vanessa”. As suspeitas são de que o “arrendamento” tenha sido forjado, para que fosse passada uma comissão de R$ 600 mil ao cartola.

Em Porto Alegre e São Paulo já há mobilizações de rua pela "Fora Teixeira". Eles prometem espalhar as marchas por todo o país.


Perda de um aliado?


O fato é que a reportagem da Globo deixa Ricardo Teixeira com “cara de tacho”, tendo em vista que há pouco mais de um mês ele havia utilizado o próprio Jornal Nacional para atingir outros veículos de comunição, que o têm criticado. Ele chegou a afirmar que poderia fazer “maldades” com esses veículos, como impedir que retirem credenciais para a Copa do Mundo de 2014.

Entre os veículos de comunicação ameaçados pelo cartola, estão a Rede Record, o site UOL, o jornal Lance! e o canal fechado ESPN Brasil. Na visão do presidente da CBF, esses órgãos “fazem parte da mesma patota”. Eles poderiam sofrer retaliação por não ter “conchavo” com o cartola.

"Esse UOL só dá traço. Quem lê o Lance!? 80 mil pessoas? Traço. Quem vê essa ESPN? Traço... só vou ficar preocupado (com as denúncias de corrupção envolvendo seu nome) quando sair no Jornal Nacional, disparou na época, à revista Piauí. "Quanto mais tomo pau da Record, fico com mais crédito na Globo", ironizou na época.

Asinhas cortadas

Os mandos e desmandos de Teixeira, que também é presidente do Comitê Organizador Local da Copa (COL), também fez “barulho” no Planalto. Tanto que o Governo Federal começou a adotar algumas medidas para “cortar as asinhas” do dirigente. A presidente da República, Dilma Roussef, por exemplo, nomeou Pelé, que é desafeto de Teixeira, como embaixador da Copa.

Enquanto isso, o ministro do Esporte, Orlando Silva, deu declarações no programa Roda Vida, da TV Cultura, que vão de encontro com o pensamento de Teixeira, sobre a afirmação de atrapalhar o trabalho da imprensa.

“O Brasil é uma democracia e uma das suas características é a imprensa livre. Todos os profissionais que oferecem informaçãi à sociedade terão direito de se credenciar. Não é a vontade de Orlando, Ricardo ou Marília (Gabriela, ex-âncora do programa) que vá definir a cobertura da Copa. O Brasil tem regras”, disparou o ministro.

Futuro da parceria CBF/Globo

Resta saber se a reportagem que coloca Ricardo Teixeira no olho do Furacão vai afetar as parcerias entre a CBF e as Organizações Globo. Afinal, a emissora possui contrato de exclusividade para as transmissões dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B, além de jogos da Seleção Brasileira, em solo brasileiro.

Não bastasse isso, um dos braços da Globo, a Geo Eventos, possui ligação direta com o COL. Prova disso, é que foi a empresa global quem organizou o sorteio das Eliminatórias da Copa de 2014, que foi realizado no final do mês passado, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, e teve um custo de R$ 30 milhões aos cofres públicos do Estado e da prefeitura do Rio.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Filosofighters

Pegaram uma série de filósofos e transformaram em lutadores de rua, com seus golpes especiais em disputa pela vitória na batalha das ideias. Por exemplo, os golpes especiais de Nietzsche são "Deus está morto" e "o Super-homem". Muito legal a ideia!
Se você compreende o que significa cada um dos "golpes especiais" provavelmente sabe um bucadinho de filosofia. Teste suas habilidades .


 
 
FOI NO TIBET E CONHECI ESSE JOGUINHO FILOSOFICO LÁ
 - OLHA QUE LEGAL!
MITxCHELL HISTORIADOR FILOSOFO

A vida desmente os “Princípios Editoriais” da Globo

No momento em que o programa Fantástico divulgava os “Princípios Editoriais das Organizações Globo”, que consistem num conjunto de regras para a prática do jornalismo nas redações sob o comando da família Marinho (entre elas noticiários de TV, o jornal O Globo e a revista Época), o jornalista Rodrigo Vianna fazia uma denúncia extremamente grave que compromete a qualidade e a ética do jornalismo praticado na TV Globo.

Rodrigo recebera informação de fonte fidedigna de que a orientação a ser adotada para com o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, era a de dar apenas notícias negativas e só divulgar a tese de que sua escolha gera “turbulência” entre os militares.

A denúncia coloca sob suspeita as declarações de “boa intenção” dos “Princípios Editoriais” e confirma as práticas manipuladoras das Organizações Globo, uma rede nacional de televisão que nasceu em 1965 sob as bênçãos da ditadura militar de 1964.

O item “manipulação jornalística” na folha corrida da Globo é extenso e vale lembrar alguns deles. Em 1982, ela foi pivô de uma tentativa de fraude para impedir a vitória de Leonel Brizola para o governo do Rio de Janeiro, tendo sido parte fundamental no rumoroso “caso Proconsult”, que envolvia a manipulação da contagem dos votos naquela eleição.

Em 1984, o vexame foi tentar esconder a campanha pelas “Diretas Já” com o esforço patético de noticiar o comício que ocorreu na Praça da Sé, em São Paulo, no dia 25 de janeiro daquele ano (que reuniu mais de 300 mil pessoas), como comemoração do aniversário da cidade! "A cidade de São Paulo festeja os 430 anos de fundação", proclamou o Jornal Nacional...

No final da década de 1980, a manipulação ajudou a derrotar Lula e eleger Fernando Collor de Mello para a presidência da República. O truque consistiu em editar de forma favorável ao candidato da direita o debate ocorrido na emissora em 14 de dezembro de 1989. Era o “antiLula” em andamento, que permaneceu nos anos seguintes pautando o noticiário da emissora, chegando a nossos dias.

E que se manifestou, mais tarde, na tentativa de emporcalhar a campanha de Lula, em 2006, num conluio entre jornalistas da Globo e policiais em busca de notoriedade no episódio dos “aloprados”. A farsa, que envolvia a foto manipulada de pacotes de dinheiro, para aumentar sua dimensão visual, foi prontamente denunciada e desmontada por jornalistas que não se coadunam com a manipulação do noticiário.

Na eleição de 2010, a tomada de partido claramente a favor do tucano José Serra ficou nítida na entrevista feita com Dilma Rousseff no Jornal Nacional, no início da campanha eleitoral, durante a qual William Bonner chegou a perder a compostura ante uma candidata que não se curvava às pressões e alegações do “sábio” da telinha.

São apenas alguns episódios de uma extensa lista de manipulações e desrespeito ao direito público à informação cometidos por esse padrão de jornalismo de baixa qualidade exposto claramente, no final de 2005, quando um grupo de professores de comunicação visitou a redação do Jornal Nacional e assistiu, estarrecido, à maneira como as notícias são escolhidas para publicação. O critério usado por William Bonner, editor-chefe do Jornal Nacional, era escolher as notícias que ele considerava ao alcance do entendimento de “Homer”, o apelido desrespeitoso dado ao espectador médio da Globo. Homer é o imbecilizado, preguiçoso e pouco inteligente pai da família Simpsons, um desenho animado norte-americano. E sua escolha como parâmetro indica a avaliação preconceituosa e depreciativa que a direção do jornalismo da Globo faz de seus espectadores.

O desrespeito à verdade e o uso de versões favoráveis aos interesses não confessados dos próprios veículos transparece ainda em “reportagens”, como a publicação requentada de denúncias falsas contra a Agência Nacional do Petróleo (ANP) pela revista Época, há duas semanas. Motivo da republicação mentirosa, ofensiva e desrespeitosa: foi uma retaliação (revanche?) da revista por não ter sido incluída pela ANP na campanha publicitária que comemorou os altos índices de não adulteração dos combustíveis alcançados pela fiscalização da agência, e que beneficia os consumidores.

Este passado (e presente) jornalístico desmente os “Princípios Editoriais” anunciados pela Globo, cuja leitura atenta não autoriza a conclusão de que as coisas possam mudar. Esta declaração de boas intenções proclama a necessidade de “isenção, correção e agilidade” como base do bom jornalismo, mas ela é desmentida em alguns pontos vitais. Por exemplo, repetindo o guru máximo desse tipo de jornalismo, o decadente e fragilizado Rupert Murdoch, assegura que “pessoas públicas – celebridades, artistas, políticos, autoridades religiosas, servidores públicos em cargos de direção, atletas e líderes empresariais, entre outros – por definição, abdicam em larga medida de seu direito à privacidade”, uma pretensão que só encontra amparo na dos donos da mídia, e não na legislação. Além disso, defende o “uso de microcâmeras e gravadores escondidos” como legítimo, desde que seja “o único método capaz de registrar condutas ilícitas, criminosas ou contrárias ao interesse público”.

É sempre bom lembrar, neste particular, que nem os tribunais acatam “provas” obtidas de forma ilegal como escutas clandestinas e métodos semelhantes. Outro ponto: a Globo se declara apartidária, independente e laica, e defensora intransigente da democracia, da livre iniciativa e da liberdade de expressão. E embute, neste ponto, a rejeição de qualquer regulamentação da mídia ao dizer ser imperioso defender o “modelo de jornalismo de que trata este documento” contra “qualquer tentativa de controle estatal ou paraestatal”.

É uma declaração que pode indicar o motivo que levou a Globo a adotar seus “Princípios Editoriais”. Num mundo em que crescem as exigências democráticas de regulamentação da mídia, em que mesmo Rupert Murdoch, o magnata que levou sua escandalização ao paroxismo, está fragilizado e assiste à ruína de seu poder, há um sabor de autodefesa no movimento feito pela Globo. Que conflita com a exigência de democratização dos meios de comunicação: a regulamentação da mídia não é uma tarefa que cabe aos próprios veículos ou a seus proprietários. Ela é uma tarefa que cabe à sociedade e implica o reconhecimento por jornalistas e os donos da mídia de que também devem submeter-se às leis, da mesma maneira que todos os demais cidadãos.


ESSA REDE BOBO - MITxCHELLL
 HISTORIADOR FILOSOFO
DIRETO DE HIROSHIMA